Casamento gay: «Não se diga que não é urgente»

O líder parlamentar do BE deu «duas notas de confiança» ao Governo de José Sócrates, no seguimento do discurso do primeiro-ministro desta manhã.

«A cedência à reivindicação de há tanto tempo dos desempregados e de todos os que têm solidariedade como bandeira, em relação ao alargamento dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego. É tarde demais para muitos que sofreram a injustiça política deste Governo, mas é um bom sinal», comentou.

Mas José Manuel Pureza deu ainda maior destaque ao anúncio de uma proposta de lei para avançar com o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. «Vamos poder, a curto prazo, pôr fim a uma discriminação insuportável contra os cidadãos, em função de orientação sexual», disse.



«Ao avançar com o casamento entre homossexuais, segundo o bloquista, «não estaremos a decidir por ninguém, mas apenas a abrir o espaço da liberdade e da igualdade para que o território dos direitos seja, como deve suceder num país decente, partilhado por todos e por todas de forma igual», acrescentou.

De acordo com Pureza, para este assunto «não há subterfúgios». «Nem se diga que não é urgente. Isso é uma ofensa grave para com todos e todas os que são vítimas de uma discriminação que só o preconceito tem justificado», afirmou o líder parlamentar do BE.

Bloquistas lançam três desafios ao Parlamento

O desafio do combate à corrupção, para os bloquistas, tem de significar o fim do sigilo bancário e o «registo dos movimentos de capitais destinados a offshores».

«O desafio da imediata suspensão de um regime de avaliação do desempenho dos professores que os agride. E o desafio de uma universalidade efectiva do subsídio de desemprego e da justiça para com quem, ao fim de uma vida inteira de trabalho, tem à sua frente ainda mais anos de trabalho para uma reforma mais curta», concluiu.