Legislativas: Catarina Martins diz que é preciso “acordo forte condicionado à esquerda” - TVI

Legislativas: Catarina Martins diz que é preciso “acordo forte condicionado à esquerda”

  • Agência Lusa
  • BCE
  • 18 nov 2021, 00:35
Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda garante que o partido vai para as legislativas com "toda a disponibilidade" e com "muita determinação"

A coordenadora do BE, Catarina Martins, criticou, na noite desta quarta-feira, a “má solução” de governação escolhida pelo PS em 2019 por não ter horizonte, considerando que depois das próximas eleições o país precisa de “um acordo forte condicionado à esquerda”.

Na Grande Entrevista da RTP3, transmitida quarta-feira ao final da noite, Catarina Martins foi questionada sobre as soluções de governabilidade depois das eleições legislativas antecipadas de janeiro do próximo ano, concretamente sobre se entendia que estava a ser criada “uma atmosfera para uma solução central”.

Na perspetiva da líder do BE, importa saber “se tem sentido esta governação sem um horizonte e sem um compromisso, ou seja, em que se faz um acordo aqui outro acolá”, considerando que foi isso “que o PS fez desde 2019 até agora” e que essa opção foi “um erro”.

O Bloco de Esquerda vai para estas eleições com toda a disponibilidade, mas também com muita determinação. O país precisa sim de um acordo forte e um acordo forte condicionado à esquerda para recuperar os rendimentos do trabalho, o SNS, os serviços públicos fundamentais, para ter uma estratégia climática e para isso é preciso clareza”, defendeu.

Para Catarina Martins é preciso “clareza nas propostas agora e clareza nas soluções no dia seguinte” às eleições.

No início da legislatura que agora vai terminar com a dissolução do parlamento, o PS, segundo a coordenadora bloquista, recusou o acordo proposto então pelo BE e optou por “uma má solução” que foi estar “estes dois anos a negociar quase sempre com a direita e depois a pedir à esquerda para viabilizar orçamentos não negociados”.

“Não é só instável do ponto de vista parlamentar, é uma má solução para o país porque deixa de haver uma estratégia, deixamos de perceber para onde é que estamos a caminhar”, condenou.

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