A maior arruada do Bloco foi também a mais calma - TVI

A maior arruada do Bloco foi também a mais calma

  • Sofia Santana
  • 27 set 2015, 17:10
Bloco de Esquerda [Lusa]

Bloquistas percorreram ruas do Parque das Nações, em Lisboa, depois do almoço-comício que juntou perto de duas mil pessoas no Pavilhão Atlântico

A maior arruada de sempre do Bloco de Esquerda aconteceu este domingo, no Parque das Nações, em Lisboa. Depois do almoço-comício que juntou perto de duas mil pessoas no Pavilhão Atlântico, a caravana bloquista saiu para as ruas do parque, junto ao rio Tejo. 

Eram cerca de 15:30 e o sol, muito quente, fazia-se sentir na capital. Catarina Martins, Mariana Mortágua, Joana Mortágua, Marisa Matias, José Soeiro e Jorge Falcato eram alguns dos bloquistas a liderar a caravana de apoiantes, que se prolongou por muitos metros, e encheu o parque de bandeiras e palavras de ordem. Esta foi a maior arruada do partido. A maior de sempre.

"Foi muito bom o Bloco ter juntado tantas pessoas e é bom saber que quem aqui está, está porque não desiste do país. Está porque não desiste de que aqui seja possível viver. [...] Essa força de quem quer propostas concretas para o país é a força que nos anima", disse Catarina Martins.

 
As esplanadas dos restaurantes e cafés do Parque das Nações foram surpreendidas pela marcha. Do outro lado da rua, alguns rapazes interromperam os mergulhos improvisados nas fontes dos jardins para ver Catarina Martins e companhia. Molhados e apenas de calções, brincavam entre si, atraídos pelas câmaras das televisões.

Ao longo do parque lisboeta, muitos passeavam, outros descansavam à sombra, à beira-rio. Mas apesar do aparato, foram poucos os que se dirigiram à porta-voz do Bloco de Esquerda. Assim, a marcha teve menos paragens do que o habitual.

Mário e Sandra Silva foram dos poucos que decidiram cumprimentar Catarina Martins à sua passagem, com palavras de incentivo. São do Porto e estão aqui de fim de semana. Nenhum dos dois votou no Bloco no último ato eleitoral. Ele escolheu PS, apesar de afirmar que não tem partido, e ela optou pela CDU. Desta vez, ambos dizem que vão colocar a cruz ainda mais à esquerda, no BE. Com isso dizem esperar "uma mudança".

O Tejo indicava o caminho de volta aos bloquistas. Lá em cima o teleférico, para trás e para frente, A arruada acabou cedo, com uma grande roda de cânticos, bandeiras e palavras de ordem . No final, ainda havia tempo para tirar umas selfies.  O dia foi "em grande", mas mais tranquilo do que o costume. Energias carregadas, amanhã é tempo de voltar à estrada.


 
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