O último comício do BE no Porto juntou cerca de 800 pessoas na alfândega da cidade invicta. O ex-líder do partido Francisco Louçã foi o segundo a subir ao palco, depois de Mariana Mortágua, e criticou o posicionamento do Governo no quadro europeu para dizer que, nesta matéria, Pedro Passos Coelho cumpre o mesmo papel que "um manequim numa loja da Rua dos Fanqueiros".
"A tragédia portuguesa é ter um Governo que acha que obediência é democracia. Pedro Passos Coelho cumpre exatamente o mesmo papel que um manequim numa loja na Rua dos Fanqueiros."
O bloquista elogiou a campanha eleitoral do Bloco e afirmou que os restantes partidos chegaram ao fim da campanha "desesperados". Para Louçã, Portugal não poder aceitar um "poder absoluto" e o país precisa de garantias."O Bloco de Esquerda é essa garantia".
Quanto aos resultados no próximo domingo, Louçã acredita que o BE pode eleger mais deputados do que o CDS. "Há um BE que se levanta no país, que vai à luta que nunca desistiu e que sabe que agora é o seu lugar. Democracia, trabalho, justiça, este é o BE que sabe levantar."
Catarina Martins teve esta noite o seu último discurso de campanha. A porta-voz do Bloco reafirmou as ideias essenciais do partido, numa espécie de sprint final da campanha. A candidata sublinhou que o BE foi o partido mais firme na oposição à direita e voltou a reiterar que o Bloco está disponível para formar um Governo que possa "salvar o país" e aqui, claro está, as condições que já apresentou a António Costa.
Por fim, o apelo ao voto e o combate à abstenção: "No domingo vão votar. A abstenção é o jogo para ficar tudo na mesma. No domingo vão votar e vão votar Bloco de Esquerda.""Dissemos desde o início ao que vamos e todas as pessoas sabem neste país que um voto no BE é um voto para proteger emprego, para proteger pensões, pela sustentabilidade da Segurança Social. Assumimos a responsabilidade de ser parte de uma solução para salvar Portugal. Um voto no Bloco de Esquerda é um voto para proteger emprego, pensões, pela sustentabilidade do Estado social. O voto de confiança é no Bloco de Esquerda."
"Desta vez vai mesmo ser Bloco de Esquerda."