Catarina Martins afirmou, esta terça-feira, no debate quinzenal, no Parlamento, que o PSD “está com saudades” do tempo em que fazia acordos com o PS sobre a austeridade.
As palavras da porta-voz do Bloco de Esquerda foram proferidas depois da intervenção do líder da bancada parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, que levou para o hemiciclo uma resolução do Conselho de Ministros do Governo socialista de José Socrates. Um documento que Montenegro apelidou de a “bíblia da austeridade”.
“Temos o PSD aqui com saudades de 2010, com saudades do tempo em que a direita fazia acordos com o PS de pacotes de austeridade para empobrecer o país. Pois o país mudou e há hoje um acordo à esquerda para poder parar o empobrecimento”, frisou.
E depois de Montenegro ter notado a ausência de “festejos” nos partidos mais à esquerda relativamente à saída do Procedimento do Défice Excessivo, Catarina Martins respondeu:
“Não é falta de festejo o que a direita vê, é a exigência de um país mais justo porque sabemos do tanto que falta fazer.”
Na mesma linha, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, frisou que "os passos dados ainda são curtos" e que os problemas estão longe de ser resolvidos.
No entanto, o líder comunista ressalvou que a saída do Procedimento por Défice Excessivo mostra que "afinal o país não estava condenado às políticas de cortes e mais cortes".
"O país não estava condenado às politicas de cortes e mais cortes e a política de recuperaçã de rendiemntos não era o caminho para o desastre."
A mesma ideia já tinha sido deixada por Heloísa Apolónia, dos Verdes, logo no início do debate.
"O empobrecimento dos portugueses não é remédio, não é solução para o défice .O afastamento da estratégia de empobrecimento é determinante para o desenvimento da economia."
E deixou um apelo ao Executivo: "o Governo tem deixar de se encolher em determinadas matérias", como os escalões de IRS ou a saúde.
VEJA TAMBÉM: