Uber: BE manifesta "apoio político" aos taxistas em protesto - TVI

Uber: BE manifesta "apoio político" aos taxistas em protesto

Protesto dos taxistas contra a Uber no país

Deputado bloquista Heitor de Sousa disse que o BE está disponível para interpelar o Governo, “através de uma pergunta ou de um projeto de resolução mais alargado”

O Bloco de Esquerda (BE) manifestou “apoio político” aos taxistas que se encontram esta sexta-feira em protesto contra a empresa de serviço de transporte privado Uber, considerando que “é ilegal” o atual exercício da atividade da plataforma.

Depois de ter recebido os representantes da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), o deputado bloquista Heitor de Sousa disse que o BE está disponível para interpelar o Governo, “através de uma pergunta ou de um projeto de resolução mais alargado”.

Para o grupo parlamentar do BE, “a Uber não é ilegal, o que é ilegal é o exercício da atividade tal qual como está a ser feito”.

Os representantes dos taxistas estão agora reunidos com o PSD, mas o grupo parlamentar social-democrata já fez saber que não vai prestar declarações no fim do encontro.

Os dirigentes das associações de táxis que se reuniram esta tarde com o presidente da comissão de Economia ameaçaram, no final do encontro, não abandonar os protestos junto ao parlamento até serem recebidos por um membro do Governo.

Será essa a proposta que vamos discutir com os nossos colegas", disse Carlos Ramos, da FPT, aos jornalistas no interior do parlamento depois de ter sido recebido por Hélder Amaral, deputado do CDS-PP que preside à comissão parlamentar de Economia.

Em causa está o protesto do setor do táxi contra a plataforma Uber. No encontro esteve também a vice-presidente da comissão Hortense Martins, do PS, e a chefe de gabinete do presidente da Assembleia da República, Maria José Ribeiro.

Pela ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários, Florêncio Almeida definiu como "inaceitável" a manutenção da Uber, visto a empresa estar, advoga, "proibida pelos tribunais de funcionar em Portugal".

Da nossa parte não aceitamos que isto possa continuar", prosseguiu o responsável.

A marcha lenta de taxistas chegou hoje ao parlamento pelas 13:45, encabeçada pelos dirigentes das duas associações de táxis que convocaram a contestação.

Em Lisboa, os taxistas em protesto contra a empresa de serviço de transporte privado Uber partiram às 09:30, em marcha lenta, do Campus de Justiça, no Parque das Nações, em direção ao aeroporto de Lisboa.

A marcha lenta, com destino à Assembleia da República, passou pelo aeroporto, Rotunda do Relógio, Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida Estados Unidos da América, Entrecampos, Avenida da República, Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da Liberdade, Rossio, Rua do Ouro, Câmara de Lisboa e Avenida 24 de Julho.

Esta iniciativa é o culminar de uma semana de luta destas duas associações para pressionar o Governo a suspender a atividade da Uber.

O serviço de transporte Uber permite chamar um carro descaracterizado com motorista privado através de uma plataforma informática, que existe em mais de 300 cidades de cerca de 60 países.

O protesto de taxistas decorreu também no Porto e em Faro.

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