Dias Loureiro, Duarte Lima e Arlindo Carvalho alvos de processo crime

A Procuradoria Geral da República (PGR) comunicou à comissão de inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN) que estão a correr processos crime contra os ex-dirigentes sociais-democratas Dias Loureiro, Duarte Lima e Arlindo de Carvalho.

A circunstância de haver investigação criminal em torno das ações de Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho e Duarte Lima, no âmbito da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), dificulta agora qualquer audição destes três ex-responsáveis políticos em sede de comissão de inquérito parlamentar, uma vez que podem sempre invocar segredo de justiça.

Tal aconteceu na legislatura passada, durante a comissão de inquérito sobre a TVI, com o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares.

A ideia de ouvir em comissão parlamentar de inquérito Dias Loureiro, Duarte Lima e Arlindo de Carvalho partiu do PS, mas os socialistas acabaram por aceitar que, antes de formalizarem o pedido de audição, a Assembleia da República consultasse o Ministério Público no sentido de saber se estes cidadãos estavam ou não a ser alvo de processo crime.

Face à comunicação da PGR, o PS vai abdicar das audições aos ex-dirigentes sociais-democratas. A posição foi transmitida à Lusa pelo coordenador dos deputados socialistas na comissão parlamentar de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN), Basílio Horta.

Na reunião de hoje da comissão de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do BPN, os deputados aprovaram por unanimidade uma deliberação em que se levanta o sigilo profissional invocado pelo Banco de Portugal em relação a um conjunto de documentos.

Com este passo, o Banco de Portugal, apesar de ter invocado legitimamente o segredo profissional, deverá agora cumprir a deliberação do Parlamento, enviando a documentação requerida pelos deputados.