Cimeira: Portugal nega divisões entre 27 - TVI

Cimeira: Portugal nega divisões entre 27

Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considera que encontro em Bruxelas revelou união» na UE

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O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerou que a Cimeira informal de líderes europeus celebrada hoje em Bruxelas para discutir a crise demonstrou espírito de solidariedade entre os 27, negando divisões entre os países de Leste e restantes Estados-membros, escreve a Lusa.

«Não» a uma nova «cortina de ferro»

Horas antes do encontro de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, os dirigentes dos países de leste da UE estiveram reunidos numa mini-cimeira de preparação da reunião, onde a Hungria assumiu a defesa de um plano especial para a região, sustentando que não pode haver uma nova «cortina de ferro» na Europa.

Confirmando que «essa questão foi abordada» entre os 27, Fernando Teixeira dos Santos, que substituiu o primeiro-ministro José Sócrates na cimeira, sustentou que «não é correcto dizer-se que esses países estejam a ser colocados à margem da União Europeia».

Menos protegidos ou apoiados?

«Eles fazem parte integrante da União Europeia e com certeza que as disposições do Tratado são aplicadas a esses países da mesma forma que são aplicadas aos demais países da UE. Portanto, não há razão para pensar que estão menos protegidos ou menos apoiados», defendeu.

«Quando se fala em coordenação e solidariedade entre nós, é entre todos nós, incluindo os países de Leste», reforçou Teixeira dos Santos, acrescentando que «de forma alguma se sentiu dentro da sala» um fosso entre Estados-membros.

O ministro de Estado e das Finanças garantiu que não testemunhou quaisquer divisões na Cimeira informal de hoje, comentou que «os vários países tiveram oportunidade de exprimir as suas preocupações, incluindo os próprios países de Leste», e que «não houve acusações», pelo que «em boa verdade se pode afirmar que o ambiente é pacífico».

Comentando a possibilidade de se acelerar a integração de países de Leste na Zona Euro, de forma a melhor proteger as suas economias, tal como sugeriram Hungria e Polónia, Teixeira dos Santos lembrou que «o Tratado é claro quanto aos requisitos que devem ser preenchidos e procedimentos que devem ser adoptados, o Tratado está em vigor, o Tratado deve ser respeitado, e devem ser essas as regras a servir como referência».
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