Campanha: partidos contam gastar mais milhões do que em 2011 - TVI

Campanha: partidos contam gastar mais milhões do que em 2011

Cartazes da coligação "Portugal à Frente"

Em 2015 devem ser gastos 8,8 milhões de euros, um valor superior aos 6,7 milhões de euros estimados em 2011

Os partidos que concorrem às eleições legislativas de 04 de outubro contam gastar 8,8 milhões de euros na campanha, valor superior aos 6,7 milhões de euros estimados em 2011.

De acordo com os orçamentos disponíveis no ‘site’ da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que funciona junto do Tribunal Constitucional, foram entregues 19 orçamentos - correspondentes a 16 forças políticas (13 partidos e três coligações) e outros três orçamentos que dizem respeito a candidaturas autónomas de PSD e CDS-PP nos Açores e na Madeira. Em 2011, foram entregues 17 orçamentos.



A coligação Portugal à Frente (PSD e CDS-PP concorrem coligados em Portugal continental e nos círculos da emigração) tem o maior orçamento de campanha - 2,8 milhões de euros - seguindo-se o PS, com perto de 2,6 milhões de euros, e da CDU (coligação que integra PCP e Verdes) que conta gastar 1,5 milhões de euros, acima dos 995 mil euros orçamentados há quatro anos, e do BE, com perto de 600.000 euros.

Na segunda-feira, quer a coligação PSD/CDS quer o PS destacaram à Lusa que o orçamento entregue é inferior em cerca de 40% aos gastos reais de 2011 (ano em que PSD e PS registaram grandes derrapagens entre os gastos previstos e os efetivos).

Entre os partidos sem assento parlamentar, são três 'estreantes' nas legislativas os que mais contam gastar na campanha: o Juntos Pelo Povo, que apenas concorreu nas regionais de Madeira, orçamentou despesas de 355 mil euros, o Livre/Tempo de Avançar que conta gastar pouco mais de 215 mil euros, seguido de perto pelo Partido Democrático Republicano, com um orçamento de 207 mil euros.



Os partidos que menos esperam gastar na campanha eleitoral são o Partido Cidadania e Democracia Cristã (ex-Partido Pro Vida) que apenas estimou despesas de 1.500 euros, o Partido Nacional Renovador (2.000 euros), o novo Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (8.000 euros), o Partido Popular Monárquico (10.500 euros) e a também 'estreante' coligação Agir (que junta PTP e MAS) que conta gastar 12.000 euros.

A meio da tabela, em termos de previsão de despesas, ficam o PCTP-MRPP, com um orçamento de 85.000 euros, o MPT-Partido da Terra (57.000 euros), o novo partido Nós, Cidadãos (36.000 euros) e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza), que conta gastar cerca de 30.000 euros.

Além do orçamento da coligação Portugal à Frente, o PSD apresentou um orçamento autónomo de 185.00 euros, relativas às campanhas nos círculos da Madeira e dos Açores. Já o CDS-PP apresentou um orçamento de 75.000 euros relativo à Madeira e outro de idêntico valor para os Açores, círculo onde concorre em coligação com o PPM (coligação denominada Aliança Açores).

Em comparação com a lista dos partidos registados no Tribunal Constitucional, regista-se que não apresentaram orçamento de campanha o Partido Operário de Unidade Socialista (POUS), o Partido Democrático do Atlântico e o Partido Liberal Democrata (ex-MMS).
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