Marcelo lança repto: subvenções são para resolver já - TVI

Marcelo lança repto: subvenções são para resolver já

À tarde, um popular pediu mais do que “blá, blá”. À noite, candidato contou a história e mostrou-se “francamente contra” deputados que recorreram ao TC. Entre eles, já sabemos, está a adversária Maria de Belém

Depois de engraxar os sapatos na baixa do Porto, um popular de dedo em riste pediu mais do que “blá blá”. “Faça alguma coisa!”. Foi aí que Marcelo teve o primeiro momento de tensão a sério desta campanha. Prometeu primeiro que sim, que ia fazer, que podia exercer “influência” sobre quem legisla. À noite, na única sessão pública desta campanha no Porto, o candidato contou a abordagem que tinha tido na rua sobre as subvenções dos políticos e passou a solução para as mãos do Governo. Afinal, é ele que governa.

Ora, o Executivo de Costa é socialista e foram vários os deputados do PS – e também do PSD – que assinaram o pedido de fiscalização entregue ao Tribunal Constitucional para devolver aos políticos o direito àquela reforma vitalícia.

O tema está a marcar a reta final da campanha e Marcelo Rebelo de Sousa não quer que o Governo deixe para depois o que pode resolver já. Por isso, espera “firmemente” que o próximo Orçamento do Estado “encontre uma solução “para que não haja portugueses de primeira, de segunda e de terceira”.

O candidato recordou que sempre discordou do regime e disse mais:

“Discordo francamente da iniciativa de deputados do PS e do PSD que recorreram ao Tribunal Constitucional deixando a dúvida sobre se estavam a defender a Constituição ou uma causa própria”


A adversária Maria de Belém foi uma das subscritoras do pedido que deu entrada no TC e que, 11 anos depois, conseguiu reverter a decisão tomada em 2005, de suspender as subvenções dos políticos.

Marcelo entende que é por atitudes como esta que os deputados (falou sempre no plural) tomaram que vêm as generalizações contra os políticos. “É que depois paga o justo pelo pecador”. “Há coisas que os portugueses têm dificuldade de compreender”. 
 

"Haja ou não haja troika"


Ainda a propósito do Orçamento do Estado, o candidato voltou a repetir que o documento tem de ser equilibrado entre medidas sociais "mais imperiosas para setores afetados pela crise" e a preocupação de não derrapagem financeira ."Um desafio de enorme materialização", admitiu, depois de já ter dito que o Governo está a tentar construir um "equilíbrio talentoso".
 

"É um grande objetivo nacional, não porque haja troika ou deixa de haver troika. Importa compatibilizar a estabilidade financeira com a justiça social. Esse equilibrio é um teste que não é um teste a um partido ou a um governo. É um teste a todo o país"

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