Portas diz que o CDS é a voz de «uma maioria silenciosa» - TVI

Portas diz que o CDS é a voz de «uma maioria silenciosa»

Paulo Portas

Apesar das críticas que tem recebido na rua, Portas diz que vai continuar a falar do rendimento mínimo

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Paulo Portas afirmou este sábado num jantar em Albergaria-a-Velha que o CDS é a voz de «uma maioria silenciosa» que não quer votar no PS ou no PSD.

«Há uma maioria silenciosa que pensa como nós quanto aos sectores produtivos, quanto à agricultura, quanto ao rendimento mínimo, quanto às pensões, quanto à eficácia da polícia, quanto à dignidade dos professores», disse, num discurso que reuniu as principais ideias que o partido tem abordado nesta campanha, e onde nem sequer faltou a referência ao polémico tema do Rendimento Social de Inserção, que tem valido ao líder popular algumas críticas de populares indignados.

«Há uma maioria silenciosa que não acha bem que quem trabalha pague impostos a mais, os reformados recebam a menos e quem não quer trabalhar abuse do rendimento mínimo», frisou ainda, garantindo que, apesar dos episódios dos últimos dias, não vai deixar cair o tema.

«Já só faltam 7 dias»

«Já só faltam 7 dias para esta maioria absoluta ter o destino q democraticamente merece: Acabar. Esta e qualquer outra», disse o líder do CDS, criticando depois as medidas do Governo de José Sócrates. «Dizem que são socialistas, falam muito em estado social, mas quem cortou o acesso dos jovens ao apoio do desemprego tem um nome, chama-se José Sócrates e ainda é primeiro-ministro».

«Agora querem dar 200 euros a cada bebé, mas só daqui a 18 anos. Mas o bebé ainda não gatinha e já deve milhares de euros em dívida pública», disse ainda Paulo Portas.

O líder do CDS fez ainda questão de distinguir o seu partido do PS em matéria de impostos. «Eles acham que impostos altos é que é bom. Nós achamos que destroem empresas e empregos».

«Eles protegem a incompetência do camarada Constâncio», disse ainda Portas sobre a supervisão do Banco de Portugal.

«Sócrates é o problema e a solução está mais no CDS do que em qualquer outro partido», disse.

Diferenças entre CDS e PSD

«O PSD diz que não aumenta impostos, nós vamos baixar. O PSD não mexe nas leis penais, nós vamos mudar. O PSD só se lembra de agricultura em campanha, nós andámos quatro anos a defendê-los».

«Campanha negra»

Antes de Paulo Portas falou o eurodeputado Diogo Feio que trouxe ao discurso o tema polémico da «campanha negra». «Seis meses depois de o primeiro-ministro se ter queixado da TVI e do Público, o director da TVI já lá não está e o do Público está debaixo de fogo», afirmou. «Pode-se ver aquilo que é o resultado da maioria absoluta de um só partido. Isto tem que terminar», disse.
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