Europeias: CDU diz que "Rangel, Marques e companhia encenam diferenças" mas são idênticos - TVI

Europeias: CDU diz que "Rangel, Marques e companhia encenam diferenças" mas são idênticos

  • 2 mar 2019, 23:30
Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu"

Para a CDU, os candidatos às europeias Paulo Rangel (PSD) e Pedro Marques (PS) começaram a "encenar diferenças de projeto", mas têm propostas e soluções idênticas.

Chegou a hora das eleições [europeias de 26 de maio] e com elas volta o tempo das grandes encenações de PSD, PS e CDS. É o que já se vê com Rangel, Marques e companhia a encenar diferenças de projeto e de propostas, a tentar jogar o jogo da bipolarização, como se fosse muito diferente o papel e a solução política de cada um em relação aos problemas que enfrenta o nosso país e a Europa",

Num jantar da CDU, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, Jerónimo de Sousa disse que os ataques entre PS, PSD e CDS fazem-no lembrar a história "do roto e do nu", considerando que os três partidos "estão empenhadíssimos numa espécie de guerra de alecrim e manjerona à volta dos fundos comunitários, mas também no jogo do empurra em relação às responsabilidades de cada um na situação difícil em que a tríade de partidos da troika colocou o país".

Em relação aos fundos comunitários, os principais candidatos do PSD e do PS bem se esfalfam a mostrar serviço, mas o serviço que têm para apresentar na matéria não só é fraco e em prejuízo do país, como as opções nesta matéria são as mesmas que ao longo de décadas têm sido determinadas pela política de direita e feito convergir PS, PSD e CDS".

Nesse sentido, fez recordar o acordo celebrado sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual, "Portugal 2030", "onde estão presentes todos os elementos estratégicos e todas as orientações de aprofundamento da integração capitalista neoliberal e federalista, responsável pelo desenvolvimento desigual, injusto e assimétrico da União Europeia", cita a Lusa.

Segundo o secretário-geral comunista, esse é um quadro "contrário aos interesses do país", que "privilegia a competitividade em prejuízo da coesão" e que "aceita uma maior financeirização e centralização da aplicação dos fundos".

O evento onde Jerónimo de Sousa discursava contou também com a presença do cabeça de lista nas eleições europeias de 26 de maio da CDU (coligação PCP e "Os Verdes"), João Ferreira, que chamou a atenção para o Tratado Orçamental, cuja proposta para transposição para o direito comunitário foi chumbada no Parlamento Europeu, em novembro de 2018.

Nesse sentido, João Ferreira apelou para que o Governo "tome iniciativa de se desvincular do Tratado Orçamental", considerando que este é "um dos instrumentos que impede" o país de dar resposta aos seus problemas. "Não parece ser essa a disposição deste Governo ou dos que lá estavam antes deste. Não podemos esperar coisa diferente do que temos tidos nos últimos anos", notou.

Continue a ler esta notícia