Grécia: PS lamenta que Portugal não tenha tido «posição intermédia» - TVI

Grécia: PS lamenta que Portugal não tenha tido «posição intermédia»

Carlos César no Congresso do PS (LUSA)

Carlos Césa defendeu que o país deve procurar «estimular um acordo entre as novas tendências que despontam» das alterações surgidas na Grécia

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O presidente do PS defendeu este sábado que Portugal deve procurar «estimular um acordo entre as novas tendências que despontam» das alterações surgidas na Grécia «e a política conservadora que tem sido liderada na Europa pela administração alemã».

Carlos César reagia às declarações do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que acusou Portugal e Espanha de formarem um «eixo contra Atenas» que tentou «derrubar o Governo do Syriza» e fazer fracassar as negociações com o Eurogrupo sobre a dívida grega.

O presidente do PS lamentou que Portugal «se tenha colocado numa posição de amanuense em relação à administração alemã e que não tenha sabido, neste contexto, ter uma posição intermédia que favoreça a criação de novas regras comuns que beneficiem também países com a posição que Portugal tem».

Para Carlos César, «a posição portuguesa devia ser a de procurar que, no contexto europeu, se criassem condições para um reforço da unidade e da coesão económica e social».

Tsipras afirmou, numa reunião do comité central do seu partido, que a Grécia se deparou «com um eixo de poderes, liderado pelos governos de Espanha e de Portugal que, por motivos políticos óbvios, tentou levar a Grécia para o abismo durante todas as negociações».

«O seu plano era e é desgastar-nos, derrubar o nosso governo e levá-lo a uma rendição incondicional antes que o nosso trabalho comece a dar frutos e antes que o exemplo da Grécia afete outros países, principalmente antes das eleições em Espanha», previstas para o final deste ano, acrescentou, citado pela agência espanhola Europa Press.


Este sábado, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirma que Portugal esteve “alinhado com todos os outros 17 países da zona euro” e diz que “pode ter havido politicamente a intenção de criar” a ideia de que Portugal teria sido um dos países mais exigentes com Atenas, “mas ela não é verdadeira”.
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