As promessas de Moedas no dia em que tomou posse - TVI

As promessas de Moedas no dia em que tomou posse

O novo autarca da capital promete uma redução "progressiva e gradual" dos impostos municipais, apoiar os lisboetas no acesso à saúde, reforçar a segurança e redesenhar a rede de ciclovias na cidade

Passados 22 dias após as eleições autárquicas, Carlos Manuel Félix Moedas é o novo presidente de Lisboa. O social-democrata tomou posse nesta segunda-feira, nos Paços do Concelho, sucedendo assim a Fernando Medina.

O novo autarca da capital reiterou que quer transformar Lisboa na "cidade da compaixão que cuida de quem precisa". Para isso, Moedas prometeu instaurar um conjunto de iniciativas que visam minimizar as desigualdades sociais, com início numa redução dos impostos municipais, "progressiva e regular".

Vejo a redução de impostos municipais como progressiva e regular até criar uma linha constante que seja: Lisboa, cidade fiscalmente amigável”, promete Carlos Moedas.

Moedas revelou ainda que tenciona criar um “plano de acesso à saúde para os lisboetas com mais de 65 anos, carenciados, e que não têm médico de família" para que possam ter acesso ao "médico que hoje não têm”.

O novo presidente evidenciou, igualmente, a necessidade de "apoiar as pessoas em condição de sem-abrigo, reforçar a rede de cuidadores informais, apoiar as doenças crónicas irreversíveis".

Não esqueceu, também, as dificuldades dos jovens adultos no acesso à habitação e na compra da primeira casa.

Temos de acelerar a reconversão urgente de muito património municipal devoluto. Temos de reconverter para habitar. Temos de ajudar os jovens a comprar a sua primeira casa”, refere o novo autarca de Lisboa.

Quanto à mobilidade, Moedas promete tornar o estacionamento mais acessível para todos os moradores e "redesenhar a rede de ciclovias".

Porque nós queremos aumentar a circulação de bicicletas, mas queremos fazê-lo de forma mais segura e equilibrada”, defende.

O novo autarca garante que será “um presidente que andará sempre na rua, a falar com as pessoas" e nunca "um presidente de gabinete"

As cidades prósperas fazem-se de três vértices: a comunidade, o espaço e as regras. Para haver harmonia entre a cidade e o espaço a comunidade tem de estar sempre acima de tudo e de todos. (…) Lisboa tem de ser uma casa em que todos a sintam como sua. (…) Não há cidades perfeitas, mas há cidades mais felizes do que outras. A comunidade tem de estar no centro de tudo. As soluções que geram prosperidade são aquelas que vêm de baixo para cima e não de cima para baixo. Têm de partir das pessoas, têm de ser sentidas pelas pessoas e têm de servir as pessoas”, acrescenta.

Carlos Moedas aproveitou ainda para agradecer ao seu antecessor Fernando Medina por "esta passagem tão digna e tão democrática”.

A cerimónia teve início pouco depois das 17:00, com um momento musical da autoria de Jéssica Pina, e contou com presença do presidente cessante Fernando Medina e ainda várias personalidades do PSD como Passos Coelho, Rui Rio, Paulo Rangel, Cavaco Silva, Rui Moreira, Santana Lopes e Pinto Balsemão.

Após Carlos Moedas ser empossado em palco, os holofotes viraram-se para o fadista João Leote que cantou a eterna “Canção de Lisboa”, de Carlos do Carmo.

Carlos Moedas venceu as eleições autárquicas em Lisboa com 34,26% dos votos. O candidato do social-democrata foi apoiado pelo CDS-PP, PPM, MPT e Aliança, para além do PSD, na coligação "Novos Tempos".

Moedas conquistou mais 2.294 votos que o principal adversário autárquico Fernando Medina (33,31%), apoiado pelo PS e Livre.

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