"A UGT, aquilo que transmitiu hoje, pela minha voz e dos colegas presentes, foi que estará sempre disponível para, qualquer que seja o Governo que aí venha, aprofundar a concertação social. Não nos passa pela cabeça que as políticas que nós apresentámos, inclusivamente a estes partidos políticos [PSD e CDS], que não sejam atendidas por qualquer Governo que venha aí", afirmou Carlos Silva aos jornalistas.
Após ter recebido uma delegação do PSD e do CDS, encabeçada pelo líder centrista, Paulo Portas, a pedido daqueles partidos, Carlos Silva sublinhou falar "em nome da central, sem opiniões pessoais que possam colocar em causa a unidade e coesão", como a preferência por um Governo de sociais-democratas e centristas, com o compromisso do PS, que expressou numa entrevista no dia 12 de outubro passado.
"Quando recebo mensagens, percebo-as à primeira, tirei as minhas ilações", afirmou, recordando que a posição lhe criou "dissensões dentro da UGT, sanadas desde a passada sexta-feira", quando o secretariado da central sindical se reuniu para analisar as declarações de Carlos Silva.
Esta segunda-feira, Carlos Silva sublinhou que, "seja um Governo da coligação, seja um Governo de esquerda, nomeadamente com o PS", a UGT não vai desistir "de pugnar para que os trabalhadores vejam muitas das políticas dos últimos quatro anos revertidas, até porque o programa de ajustamento já terminou há muito tempo e já é mais do que tempo de minorar os sacrifícios".