À margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo, França, Carlos Zorrinho considerou que o secretário-geral do PS, António Costa, teve uma "atitude muito madura e a mais correta para o interesse do país e do Partido Socialista que é marcar um congresso depois das eleições presidenciais e com funções eletivas".
Admitindo ter "visto muitos nomes" quanto a possíveis sucessores de António Costa na sequência da derrota do partido nas legislativas de domingo, referiu que ”em primeiro lugar ninguém sabe se António Costa é, ou não, candidato”.
“Ainda é muito cedo, mas o facto de o congresso ter sido marcado para depois das presidenciais também é bom, porque evita precipitações", comentou o eurodeputado à agência Lusa.
Nesta reunião de hoje da Comissão Política Nacional dos socialistas, o eurodeputado espera que se debatam as "duas vias que o PS tem para se afirmar na sociedade portuguesa: o PS querer ser o líder da chamada casa comum da esquerda" ou o "grande partido das causas da modernidade" que conquista o eleitorado "sem fidelidade ideológica”.
O secretário-geral socialista, António Costa, vai convocar hoje, durante a reunião da Comissão Política Nacional do PS, um congresso para definir a questão da liderança e da estratégia partidária após as eleições legislativas.
Fonte oficial do PS referiu à agência Lusa que na reunião da Comissão Política, além da marcação de diretas para o cargo de secretário-geral, seguidas por um congresso nacional, o Secretariado Nacional, o órgão de direção executiva dos socialistas, também poderá avançar com a convocação de congressos nas federações (as estruturas distritais).
No domingo, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as eleições com 38,55% (104 deputados), o PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu para terceira força política com 10,22% (19 deputados), a CDU alcançou 8,27% (17 deputados) e o PAN vai estrear-se no parlamento, com um deputado, 1,39% dos votos.