PS: «Orçamento do Estado será dramático» - TVI

PS: «Orçamento do Estado será dramático»

Carlos Zorrinho

Carlos Zorrinho diz que não vale a pena ter ilusões

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O líder parlamentar do PS advertiu, nesta terça-feira, que não vale a pena haver ilusões sobre o próximo ano, considerando que o Orçamento será «dramático» e que o país poderá estar perante «um inaceitável» aumento do desemprego.

Carlos Zorrinho falava aos jornalistas após ter estado reunido cerca de meia hora com uma delegação do Governo, liderada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre as principais linhas da proposta de Orçamento do Estado para 2013.

Ladeado pelos deputados socialistas Pedro Marques e João Galamba, o presidente do Grupo Parlamentar do PS foi questionado se registou sinais da parte do Governo sobre uma eventual suavização das medidas de austeridade no próximo ano, mas Carlos Zorrinho mostrou-se pouco confiante numa evolução nesse sentido.

«Era bom para os portugueses que o Orçamento fosse o menos recessivo possível. No entanto, face aos erros que o Governo foi cometendo, não vale a pena termos ilusões. O Orçamento será dramático por responsabilidade da má receita que foi aplicada pelo Governo», respondeu.

No final da reunião com a delegação do Governo, Carlos Zorrinho considerou que o cenário para o próximo ano «é preocupante e os portugueses vão ter de fazer um esforço acrescido de 2,5 mil milhões de euros ou mais para compensar a aplicação de uma receita errada» por parte do executivo.

Também de acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, a delegação socialista não foi esclarecida sobre o impacto que terá a medida que prevê a descontinuidade de metade dos contratos a termo em cada organismo da administração pública.

«O PS não ficou esclarecido se a projeção do desemprego de 16,4 por cento já inclui esta nova leva de desempregados, o que é também muito preocupante», contou.

Carlos Zorrinho adiantou ainda que a delegação socialista não saiu esclarecida da reunião com o Governo sobre a possibilidade de se manter a cláusula de salvaguarda para limitar os aumentos ao nível do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Nesta reunião, «o PS insistiu muito que o Governo possa manter [a cláusula de salvaguarda], de forma a que os aumentos que possam verificar-se não levem ao esmagamento das famílias e a problemas sociais muito graves».

«O PS também já propôs que as casas não possam ser penhoradas e, além desta questão, é essencial que se mantenha a cláusula de salvaguarda. O Governo registou as nossas palavras e ficou de informar a sua decisão na segunda-feira», referiu o líder da bancada socialista.
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