Coligação: licença só foi obtida já cartazes estavam nas ruas - TVI

Coligação: licença só foi obtida já cartazes estavam nas ruas

Cartazes da coligação "Portugal à Frente" recorrem a banco de imagens

Shutterstock, empresa a quem PSD/CDS-PP compraram as imagens “investiga todas as alegações de uso indevido de licença". Cartazes geraram polémica, tal como os do PS, mas esses por outros motivos

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 A licença que permite o uso para fins políticos dos figurantes dos cartazes da coligação PSD/CDS-PP só foi obtida ao fim do dia de quarta-feira, já os cartazes estavam nas ruas, revelou à Lusa a empresa Shutterstock, à qual as imagens foram compradas.

“A licença destas imagens foi resolvida ao fim do dia de quarta-feira […] com a compra de uma licença Premier da Shutterstock, a qual permite o uso de imagens num contexto político”


A empresa prestou este esclarecimento numa resposta escrita enviada à agência Lusa e depois de lhe serem enviadas as imagens usadas nos cartazes da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP). Desde o início da semana que a utilização de figurantes estrangeiros em cartazes da coligação tem sido tema nas redes sociais e na imprensa, uma vez que as pessoas que aparecem nos ditos cartazes nem sequer são cidadãos portugueses.  

Os cartazes da coligação estão centrados na recuperação da confiança dos portugueses, no investimento e no emprego, no crescimento do turismo e nas exportações. Só que quem dá a cara por esses objetivos eleitorais são pessoas que já fizeram publicidade por próteses dentárias, azeite ou universidades lá fora.  

A mesma fonte da Shutterstock explicou que até à obtenção desta licença era "estritamente proibido o uso do conteúdo [do banco de imagens] num contexto político”, nomeadamente promoção, publicidade, ou apoio a qualquer candidato ou político eleito.

O gabinete de imprensa da Shutterstock assegurou ainda, numa primeira resposta enviada à Lusa, que a empresa “investiga todas as alegações de uso indevido de licença em nome dos seus colaboradores e age em conformidade”, nomeadamente entrando em contato com os clientes para resolver o problema, pondo dessa forma fim à utilização inapropriada.

“As nossas ações incluem, mas não se limitam a isso, ao contacto imediato com os clientes ou terceiros acusados de usar indevidamente os conteúdos, resolvendo o problema e pondo fim ao uso indevido”


A Lusa tentou obter uma explicação do PSD sobre a questão, mas fonte do partido disse que os esclarecimentos já tinham sido prestados na quarta-feira. A Lusa também contactou o CDS-PP mas a fonte do partido esteve indisponível ao fim do dia de hoje.

Questionado por jornalistas na quarta-feira sobre se os cartazes de campanha da coligação Portugal à Frente para as eleições legislativas de 04 de outubro seriam retirados das ruas, o vice-presidente Carlos Carreiras respondeu: vincando que há “uma preocupação muito grande a nível da racionalização, ou seja, dos gastos de campanha”.

“Recorrer a bancos de imagens é uma situação que já foi feita no passado” e que “é uma prática normal quando estamos a falar também de racionalização de meios financeiros”, como uma “redução na ordem dos 40%” nos gastos em relação a outras legislativas


Questionado se não seria desrespeitoso para os eleitores serem estrangeiros a representar o PSD, o dirigente sublinhou que o “PSD já demonstrou que mesmo quando teve que tomar medidas que não são propriamente medidas populares, mas que eram absolutamente fundamentais para o país, sempre teve em conta o respeito que todos os portugueses nos merecem”.

O maior partido da oposição, o PS, suscitaram no início deste mês: alguns cartazes foram  gozados na Internet; outros tinham apelavam a  histórias de vida - como pessoas no desemprego - que eram falsas

 
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