O Bloco de Esquerda quer alargar os Casamentos de Santo António a casais do mesmo sexo.
A proposta foi conhecida nesta quarta-feira, quando passam dez anos da aprovação do casamento para pessoas do mesmo sexo em Portugal.
O regulamento dos Casamentos de Santo António é, segundo o Bloco, "omisso em relação à possibilidade de participação de pessoas do mesmo sexo", indicando apenas que "os noivos devem estar em situação legal para contrair casamento".
No entanto, aponta o partido, "no boletim de inscrição continuam a constar apenas as opções noivo e noiva".
O Bloco propõe, assim, que seja alterado o boletim de inscrição e restante documentação de forma a contemplar a possibilidade de participação de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo nos casamentos civis. Também propõe, numa proposta agendada para a reunião de Câmara Municipal de Lisboa do próximo dia 23 de Janeiro, que esta nova possibilidade seja amplamente divulgada."
Os Casamentos de Santo António, a 12 de junho, em Lisboa, véspera do feriado, realizam-se nos atuais moldes desde 1997, ou seja, há 23 anos.
Segundo a tradição, o dia dos noivos começa bem cedo, com a preparação nos Paços do Concelho, e só termina à noite, depois do desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade.
Cada casal tem o direito a levar 20 convidados para as cerimónias e para o copo de água.
Os casamentos de Santo António tiveram início em 1958, com a cerimónia religiosa. Após uma longa interrupção, foram retomados, em 1997, já com a inclusão de casamentos civis. Na sua origem reside uma iniciativa de cariz solidário que apoia casais a concretizarem o seu casamento. Atualmente a iniciativa é da CML em parceria com a EGEAC.