Nos passos de Sá Carneiro, a Guarda abraçou Rui Rio - TVI

Nos passos de Sá Carneiro, a Guarda abraçou Rui Rio

Líder social democrata percorreu os distritos de Castelo Branco e Guarda, onde garantiu que o interior "não será esquecido"

Em terra laranja, Rui Rio foi rei e senhor. Entre membros da JSD e da distrital da Guarda, o líder social democrata percorreu as ruas da cidade dos cinco F's em passo mais lesto do que o normal, entrou em várias lojas e até “ganhou” umas peúgas especiais e comeu queijo, mas quando lhe foi oferecida ginja, Rio recusou.

Numa arruada que durou hora e meia - e que contou com o apoio do eurodeputado e ex-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro - ninguém passou ao lado da comitiva laranja. 

À frente, no meio dos carros, uma autarca do PSD da freguesia da Guarda abanava uma bandeira do partido com quase de 40 anos. 

"Foi o meu filho que a comprou no tempo em que ainda se compravam as bandeiras, os pins...", contou Isabel Oliveira, que pediu ainda à oposição que "deixe de mentir aos portugueses", antes de sair rua fora a abanar a bandeira laranja.

Um pouco atrás, vinha Rui Rio, que entre a Sé e o antigo cineteatro da cidade da Guarda, foi abordado por alguns populares e até foi abraçado por uma senhora que não resistiu ao "senhor presidente". Como brinde, recebeu um lápis.

E lá seguiu a arruada, sem grandes gritos de oposição e só com muita música entoada pelos membros da JSD.

“O politicamente correto, a hipocrisia, não sei fazer bem"

Fim da arruada, cineteatro enfeitado com as bandeiras do partido, cadeiras a postos, é hora da conversa com o candidato a primeiro-ministro. A escolha do local foi simbólica pois foi ali que Sá Carneiro, antigo primeiro-ministro de Portugal, fez o primeiro comício na Guarda antes de assumir o cargo.

"Dizem que a história não se repete, mas nós queremos que a história se repita. Temos confiança de fazer de si desde a Guarda primeiro-ministro de Portugal”, afirmou o cabeça de lista local, Carlos Peixoto.

A talk desta noite durou cerca de uma hora e tal como nos dias anteriores contou com as perguntas da audiência mas, desta vez, Tancos ficou de fora.

Respondendo pausadamente às perguntas que lhe foram sendo feitas, Rui Rio voltou a dizer que aquilo que é preciso na política é uma mudança de postura.

“A postura da hipocrisia, a postura do politicamente correto, a postura manhosa, nós estarmos na política com hipocrisia, com manha, falsidade e dizer apenas aquilo que todos queremos ouvir e sabemos que não é verdade é profundamente descredibilizador”, afirmou, acrescentando que pode ser arriscado, mas é “a única [forma] que é capaz de fazer”.

No interior do país, a descentralização voltou a ser o principal tema de conversa, Rui Rio garantiu que a Guarda não será esquecida e aproveitou para lançar farpas ao PS no que diz respeito às pensões. Respondendo a uma das questões, assegurando que se os sociais-democratas vencerem as eleições “aplicarão a lei” e as pensões subirão, umas à taxa da inflação e outras acima.

“Quando o PS vem dizer que se o PSD ganhar lá vêm cortes nas pensões, não é honesto do ponto de vista político, porque sabe que isso não é verdade”, criticou.

Este sábado, a comitiva laranja segue para os distritos de Bragança e Vila Real.

Continue a ler esta notícia