BE considera "lamentável" mudança de opinião de partidos sobre tempo de professores - TVI

BE considera "lamentável" mudança de opinião de partidos sobre tempo de professores

  • SL
  • 10 mai 2019, 20:01
Catarina Martins

"Nós assistimos esta manhã a um processo conturbado e pouco explicado sobre a contagem integral do tempo de serviço dos professores. Eu lembro que não são só os professores que estão em causa, são todas a carreiras especiais da função pública", vincou a coordenadora do Bloco de Esquerda

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou, esta sexta-feira, “lamentável” a mudança de opinião dos partidos de direita que chumbaram a contagem integral do tempo de serviço dos professores e disse estar criada “uma enorme confusão”.

O texto proveniente da Comissão Parlamentar de Educação para reposição integral do tempo de serviço dos professores foi hoje reprovado com os votos contra não só do PS, mas também do PSD e do CDS-PP que na passada semana haviam votado favoravelmente a medida.

Nós assistimos esta manhã a um processo conturbado e pouco explicado sobre a contagem integral do tempo de serviço dos professores. Eu lembro que não são só os professores que estão em causa, são todas a carreiras especiais da função pública", vincou Catarina Martins.

A líder do BE disse que a democracia se compromete quando há pouca clareza nos compromissos assumidos pelas forças políticas

Está criada uma enorme confusão com as posições tomadas pelos partidos em relação ao chumbo da contagem integral do tempo dos professores", disse.

O diploma que alterava o decreto do Governo que previam a contagem de todo o tempo de serviço congelado aos professores foi rejeitado com os votos contra de PS, PSD e CDS-PP e os votos favoráveis de BE, PCP e PEV. O PAN optou pela abstenção.

Depois de na passada semana ter ameaçado demitir-se, caso a contagem intgral do tempo fosse aprovada, o primeiro-ministro afastou o cenário da ameaça de demissão do Governo, considerando que constituiu uma vitória da responsabilidade a reprovação do diploma que pretendia contabilizar a totalidade do tempo de serviço dos professores.

Foi um resultado clarificador e uma vitória da responsabilidade", declarou o líder do executivo.

Para Catarina Martins a responsabilidade alegada pelo primeiro-ministro deveria incidir sobre aquilo que os partidos acordaram.

Eu ouvi ao longo destes dias dizer tudo e mais alguma coisa. Ouvi dizer que se estava a repor tempo de serviço. Não há nenhuma reposição. Há uma contagem de tempo para saber onde os trabalhos ficam, a partir do momento em que a carreira é descongelada", enfatizou a líder bloquista.

A coordenadora do BE passou esta tarde por Bragança numa ação de campanha tem em vista a eleições europeias onde visitou o Museu Ferroviário da cidade transmontana.

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