BE pede ao Governo para “reconsiderar” escolha de chefe das "secretas" - TVI

BE pede ao Governo para “reconsiderar” escolha de chefe das "secretas"

  • SS
  • 2 jun 2017, 13:45
Catarina Martins

Apelo surge depois de terem sido revelados episódios em torno da passagem de José Júlio Pereira por Timor-Leste

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) pediu esta sexta-feira ao Governo para "reconsiderar" a escolha de José Júlio Pereira Gomes para chefe das ‘secretas’, depois de terem sido revelados episódios em torno da sua passagem por Timor-Leste.

O Governo deve reconsiderar [a escolha]. Aguardamos que o Governo diga alguma coisa sobre esta matéria", declarou Catarina Martins, quando questionada sobre o tema.

O Público noticia esta sexta-feira a apreensão do PSD com a escolha de Pereira Gomes para chefe do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).

Esta semana, ao DN, a eurodeputada do PS Ana Gomes já tinha demonstrado preocupação pela nomeação de José Júlio Pereira Gomes para chefe das ‘secretas’.

Ao DN, Ana Gomes assumiu que ficou "muito surpreendida e apreensiva", porque, "não estando em causa o percurso profissional, falta a Pereira Gomes o perfil psicológico".

"Tenho dúvidas de que o embaixador Pereira Gomes tenha capacidade para aguentar situações de grande pressão. Não inspira confiança e autoridade junto dos seus subordinados nos serviços de informações", referiu a eurodeputada, adiantando que já informou "quem de direito" do porquê da sua "apreensão".

Posteriormente, num artigo de opinião no Público, o jornalista Luciano Alvarez falou também da passagem do embaixador por Timor-Leste em 1999.

Questionado pelo Público sobre se mantém a decisão de nomear o novo chefe do SIRP, o primeiro-ministro, António Costa respondeu: “A proposta de indigitação fala pela confiança que tenho no embaixador José Júlio Pereira Gomes para o desempenho das funções para que agora é proposto.”

"É sabido que quando Pereira Gomes chefiava a missão em Timor houve vários episódios bastante complicados", sinalizou Catarina Martins, lembrando que houve quem no BE tivesse acompanhado a situação de perto, "ativistas muito próximos da causa".

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