BE: «Teimosia de Nuno Crato adiou decisão por um mês» - TVI

BE: «Teimosia de Nuno Crato adiou decisão por um mês»

Catarina Martins (Lusa/Hugo Guerra)

Catarina Martins alertou para «situação de limite e grave» da Universidade dos Açores

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A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda Catarina Martins afirmou nesta terça-feira tarde que o Governo da República deveria ter cedido «há um mês» ao sindicato dos professores e evitado prejuízo para milhares de alunos.

«A teimosia do Governo e a teimosia de Nuno Crato adiou por um mês uma decisão que já devia estar tomada e com este adiamento prejudicaram os alunos. A obstinação de Nuno Crato prejudicou milhares e milhares de alunos, os professores tinham razão e o Governo deveria ter cedido há mais de um mês», vincou Catarina Martins, em declarações à agência Lusa.

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda salientou, por outro lado, «a luta com frutos por parte dos professores» a dois dias da greve geral e que demonstra «a todos os trabalhadores e trabalhadoras que a greve é um instrumento de luta que dá resultado».

«Os professores uniram-se de forma solidária, houve imensos ataques contra a sua luta, mas eles tinham razão na sua luta, não arredaram pé e com a sua luta ganharam e ganhou o país. Os professores com a sua greve mostraram que a greve é um instrumento de luta poderoso que dá frutos, protegeram os seus postos de trabalho e protegeram a educação com qualidade para todo o país», disse.

Catarina Martins falava aos jornalistas à saída de uma reunião com a reitoria da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, onde denunciou a «situação de limite e grave» daquele estabelecimento devido aos cortes do orçamento de estado.

«O que nós ficámos a saber nesta reunião é que durante os meses de verão a universidade já não será capaz de pagar as suas obrigações à Caixa Geral de Aposentações e no início do próximo semestre está mesmo em causa a capacidade da universidade pagar os salários. Isto significa que se nada for feito os Açores vão perder a sua universidade: isso é retroceder mais de um século, é retroceder mais do que ao tempo em que não havia universidade», salientou.

A coordenadora nacional do BE defende que a solução passa exclusivamente por «uma decisão política» e não por «uma decisão economicista» porque «se assim fosse mandariam todos os alunos para Lisboa, por exemplo, mas isso será uma perda para os Açores e para o país e, portanto, o que é preciso é dar à Universidade dos Açores os recursos necessários para continuar a trabalhar». «Está-se a matar a universidade e ainda por cima do ponto de vista orçamental é tão pouco», considerou.
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