Pedrógão: "solidariedade tem que chegar rapidamente às populações" - TVI

Pedrógão: "solidariedade tem que chegar rapidamente às populações"

  • EC
  • 16 jul 2017, 15:43
Catarina Martins

Na véspera de se assinalar um mês sobre o incêndio de Pedrógão Grande, a líder do Bloco de Esquerda admitiu que “o Estado não pode fazer tudo”, mas frisou que "cabe ao Governo a responsabilidade de agilizar" o processo

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, responsabilizou o Governo na distribuição rápida das ajudas, europeia e de solidariedade dos portugueses, às populações afetadas pelos incêndios de junho, em Pedrógão Grande.

A solidariedade europeia, mas também a de todo o país, tem que chegar o mais rapidamente possível às populações”, afirmou Catarina Martins na apresentação do candidato bloquista à câmara de Odivelas nas autárquicas de 01 de outubro, Paulo Sousa.

Na véspera de se assinalar um mês sobre o incêndio de Pedrógão Grande, que fez 64 mortos e mais de 250 mortos, a líder bloquista admitiu que “o Estado não pode fazer tudo”.

Mas cabe ao Governo a responsabilidade de agilizar, pedir transparência, de falar com as instituições privadas que receberam essa solidariedade de todo o país, para termos a certeza de que chega da melhor maneira, da maneira mais justa às populações afetadas”, disse.

Catarina Martins sublinhou algumas decisões positivas de apoio às populações afetadas, nomeadamente no parlamento, por ação da eurodeputada bloquista Marisa Matias, “em convergência com o PCP”.

Conseguimos aprovar uma proposta vinculativa para ser reforçado e agilizado o fundo de solidariedade para as populações atingidas pelos incêndios em Portugal”, explicou.

Mas é preciso fazer mais neste “momento de reconstrução”, além do plano para reabilitar a habitação, defendeu.

É preciso, disse, “reconstruir a capacidade produtiva” da região, para a qual, alertou, existem planos e prazos, e vincou que reconstruir estufas ou recuperar tratores significa “recuperar emprego”.

Além disso, é necessário utilizar os fundos de prevenção de catástrofes, de forma a tentar evitar que se repitam incêndios com a gravidade dos que atingiram o centro do país, em junho.

Esses fundos podem ser usados nos trabalhos de cadastro da floresta, uma das questões importantes no pacote da reforma florestal, e que deverá ser votada na próxima semana na Assembleia da República.

Os incêndios de junho iniciados em Pedrógão Grande provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e consumiram mais de 53 mil hectares.

Os fogos da região Centro afetaram aproximadamente 500 habitações, quase 50 empresas e os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

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