Os objetivos enumerados por Cavaco são: 1. o equilíbrio das contas do Estado e a sustentabilidade da dívida pública, 2. o equilíbrio das contas externas e o controlo do endividamento para com o estrangeiro, 3. a competitividade da economia face ao exterior, 4. um nível de carga fiscal em linha com os principais concorrentes.
“Se para além da estabilidade politica e da governabilidade do país forem asseguradas políticas de estabilidade económica, podemos olhar o futuro com confiança independentemente de quem governa.”
Neste 10 de junho, o Presidente da República enalteceu os esforços dos portugueses no quadro de crise económica, "num dos períodos mais exigentes" da história de Portugal, sublinhando a “coragem” e o “sentido de responsabilidade” do país.
“Portugal viveu tempos muito difíceis e a crise deixou sequelas profundas em muitos portugueses. Os portugueses foram exemplares na atitude, na coragem e no sentido de responsabilidade.”
Sequelas que, para Cavaco Silva, ainda persistem. O chefe de Estado destacou que os níveis de desemprego mantêm-se "demasiado elevados" e "muitas famílias continuam privadas de um nível de vida digno".
Cavaco Silva, que falou perante o primeiro-ministro e responsáveis de todos os quadrantes políticos, lembrou o papel de todos os agentes que contribuíram para a recuperação da economia nos últimos tempos, destacando o papel dos empresários, dos jovens empreendedores, dos autarcas, das instituições de solidariedades.
Contributos que, para Cavaco Silva, agora se materializam em sinais de "esperança" e "confiança" no futuro.
“Somos vistos como um destino atrativo e um destino em que se pode confiar. Somos elogiados pela correção dos graves desvios financeiros que quase levaram a uma situação de rutura, pelo cumprimento das regras de disciplina orçamental. Portugal é reconhecido como um destino competitivo para o investimento estrangeiro.”
A esperança e a confiança no futuro de Portugal foram, de resto, as principais ideias do último discurso de Cavaco Silva no 10 de junho enquanto Presidente da República. O chefe de Estado frisou que não devem contar com ele para semear “desânimo e pessimismo”.
"Não contem comigo para semear o desânimo e o pessimismo quanto ao futuro do nosso país. Deixo isso aos profissionais da descrença e aos profetas do miserabilismo."