Cavaco: é quando não é compreendido "que se vê a fibra de um Presidente” - TVI

Cavaco: é quando não é compreendido "que se vê a fibra de um Presidente”

  • ALM
  • 18 mar 2017, 12:44

Distanciamento dos media é "fundamental para a dignidade de um" Presidente da República e a incompreensão um desafio à "fibra" do mesmo. Para Cavaco, a história só julgará no médio prazo

Em dez anos de mandato, Cavaco vê a luta contra o Estatuto dos Açores como a mais simbólica que teve: lutou contra todos, mas diz que tinha razão, disse em entrevista ao Público. Sobre Costa, fala muito pouco, sobre Passos apenas reconhece o seu "esforço" para manter o seu Governo de pé. O próximo livro ainda não tem data.

De resto, o livro que Cavaco Silva escreveu sobre o primeiro mandato como Presidente da República foi o ponto de partida para esta conversa com o Público.

O antigo governante começa por deixar clara a grande diferença entre o seu estilo de governação e o do atual presidente.

Sem nunca referir o nome de Marcelo Rebelo de Sousa, cavaco afirma que a distância que manteve dos orgãos de comunicação social foi fundamental. E acrescenta ainda que a "fibra de um presidente da república" só se vê quando é incompreendido.

Já sobre José Sócrates, numa altura em que o ex-primeiro ministro voltou a ser interrogado e confrontado com a venda da Portugal Telecom cavaco refere que: "Não detetei qualquer comportamento que violasse as normas".

José Sócrates foi sempre "correto" a informar o Presidente sobre as negociações da PT, acrescenta. E acha "absurdo" pensar-se se o MP poderá chamá-lo [a ele Cavaco] a testemunhar.

Na mesma entrevista assume ainda que o maior erro que cometeu em 10 anos de governação foi: "Quando indiquei o eng. Sócrates para a formação do XVIII Governo Constitucional e que depois não cometi quando indiquei o dr. António Costa: devia ter sido eu a dizer que o encarregava de fazer diligências políticas para me apresentar um Governo consistente e duradouro".

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