PSD: discurso foi “reconhecimento justo” aos portugueses - TVI

PSD: discurso foi “reconhecimento justo” aos portugueses

Maioria elogiou o discurso do Presidente da República na sessão solene comemorativa do Dia de Portugal

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O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou que o discurso do Presidente da República na sessão solene comemorativa do Dia de Portugal foi um "reconhecimento justo" aos portugueses pela tenacidade demonstrada nos últimos anos.

Questionado pelos jornalistas sobre as críticas feitas pelo PS e pelo PCP de que se tratou de "um discurso totalmente colado" ao Governo e "partidário", Luís Montenegro disse achar "um pouco incompreensível essa consideração".

"Foi um discurso que mostrou um reconhecimento justo, se não mesmo uma gratidão muito justificada ao povo português, às famílias portuguesas e às empresas portuguesas, pela capacidade, pela tenacidade que denotaram ao longo dos últimos anos."


Na sua opinião, os portugueses ultrapassaram "uma situação que era de facto dramática, de emergência financeira, económica e também social".

"Esse é um primeiro aspeto muito relevante e não me parece que possa merecer uma crítica, ou mesmo uma desilusão, por parte de nenhum agente político, seja ele apoiante do Governo ou da oposição."


Segundo Luís Montenegro, por outro lado este é também um discurso que induz confiança na capacidade dos portugueses relativamente ao futuro.

"Induz também e comporta um apelo ao bom senso das escolhas que o país terá de continuar a fazer no futuro para não desbaratar esse esforço que foi feito ao longo dos últimos anos."


O líder parlamentar do PSD considerou que "os objetivos que o Presidente da República elencou que devem ser cumpridos nos próximos anos são o sustentáculo do desenvolvimento económico do país, da criação de emprego", da afirmação da capacidade e da competitividade da economia portuguesa.

"Para podermos continuar a ter crescimento económico e recuperação social, que é aquilo que move qualquer agente político, sendo ele do Governo ou da oposição."


Por isso, frisou que "estar a dar esse caráter partidário" às palavras de Cavaco Silva "é querer desviar a atenção para um discurso que é realista, independentemente das posições políticas que afastam os diversos partidos e os diversos agentes políticos".

"A verdade é que o senhor Presidente da República demonstrou com um detalhe assinalável que Portugal tem capacidade para poder ser competitivo, para poder gerar desenvolvimento na sua população e nos seus principais desígnios nacionais."


CDS aplaude discurso de "esperança"


O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, aplaudiu o mesmo discurso, elogiando a intervenção de "esperança" de Cavaco Silva.

"Foi um discurso muito adequado ao Dia de Portugal e dos portugueses, ou seja, um discurso mobilizador, um discurso de esperança por parte do Presidente, sem esconder, obviamente, os desafios que também temos pela frente."


Concordando com o objetivo traçado pelo chefe de Estado no sentido da promoção do crescimento económico, o deputado do CDS-PP disse ainda ter-se tratado de um discurso de "balanço" e adequado ao dia.

"Foi coerente com aquilo que tem dito e praticado."


O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que, "independentemente de quem governe", Portugal poderá olhar para o futuro com confiança se forem asseguradas orientações de política económica que permitam a concretização de quatro objetivos, nomeadamente o equilíbrio das contas públicas.

"Se, para além da estabilidade política e da governabilidade do país, forem asseguradas orientações de política económica que permitam a realização de quatro grandes objetivos, estou certo de que poderemos olhar o nosso futuro coletivo com confiança, independentemente de quem governe", afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva, na sessão solene do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreu em Lamego, Viseu.


Na sua última intervenção enquanto Presidente da República no 10 de Junho e onde "confiança" foi a palavra-chave, Cavaco Silva apontou como primeiro objetivo o equilíbrio das contas do Estado e a sustentabilidade da dívida pública.

Em segundo lugar, prosseguiu, deverá estar "o equilíbrio das contas externas e o controlo do endividamento para com o estrangeiro" e, como terceiro "grande objetivo" terá de ser assegurada a competitividade da economia portuguesa face ao exterior.

"E, finalmente, um nível de carga fiscal em linha com os nossos principais concorrentes", acrescentou, sublinhando que só desta forma será possível assegurar o crescimento económico e a criação de emprego.
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