CDS diz que "geringonça permanece" no programa de Governo - TVI

CDS diz que "geringonça permanece" no programa de Governo

  • BC
  • 31 out 2019, 11:23
Cecília Meireles, do CDS, no encerramento do debate do programa de Governo

Cecília Meireles, falando no encerramento do debate do programa de Governo, diz que qualidade das políticas do Executivo vai ser "mais do mesmo"

O CDS-PP acusou hoje o “maior Governo de sempre”, liderado pelo PS, de ser “mais do mesmo” e considerou que a “geringonça” com os partidos de esquerda vai ser ressuscitada no Orçamento do Estado.

No encerramento do debate do programa do Governo, na Assembleia da República, a líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, afirmou que “quantidade e qualidade são coisas muito diferentes”, referindo-se ao novo executivo.

A quantidade de membros bateu todos os recordes, já a qualidade das políticas será mais do mesmo”, disse Cecília Meireles, que acusou os socialistas de, neste debate do programa do governo, ter feito propaganda e de, quanto às políticas, “ser mais do mesmo”.

A poucas semanas da apresentação da proposta de Orçamento do Estado, a deputada do CDS falou ainda dos “arrufos e reconciliações” da "praxe nos últimos quatro anos" entre os antigos parceiros da esquerda (PS, PCP, BE e PEV) que assinaram acordos parlamentares na anterior legislatura e não repetiram depois das legislativas de outubro.

Para Cecília Meireles, “a geringonça permanece” e o acordo que “nas semanas passadas não quiseram assinar será assinado muito em breve” com o Orçamento do Estado.

É através dele que o Governo e os seus partidos aliados se responsabilizarão pelas políticas, pelo Governo e por mais do mesmo”, tentando “fingir que não o fazem”, afirmou.

No seu discurso, Cecília Meireles fez duras críticas ao primeiro-ministro pela falta de respostas às perguntas dos deputados centristas, sobre a eutanásia, as forças de segurança ou as investigações no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Por isso, acusou António Costa de falta de respeito pela Assembleia da República.

E atacou o chefe do executivo por se esconder “atrás de frases feitas” para evitar dar uma “resposta direta à pergunta simples” do CDS sobre se pode garantir que “nenhum português com os mesmos rendimentos [em 2019] não vai no próximo ano pagar mais impostos.

Quanto ao futuro, a líder parlamentar dos centristas prometeu que o CDS vai continuar a apresentar propostas, por exemplo, quanto à carga fiscal e impostos, mas também quanto ao alargamento progressivo da ADSE, subsistema de saúde, a todos os portugueses.

Cecília Meireles prometeu, igualmente, que o seu partido “não desistirá” de propor o “desagravamento da carga fiscal”.

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