Realiza-se este sábado o 28º Congresso do CDS, em Aveiro. Os militantes do partido centrista reúnem-se para escolherem o sucessor de Assunção Cristas na presidência. Num momento difícil para os democratas-cristãos, que perderam 13 deputados nas últimas Legislativas, cinco candidatos apresentam-se para mudarem o rumo dos últimos tempos.
Abel Matos Santos
Foi o primeiro a anunciar a sua candidatura e é, desde há muito tempo, fonte de oposição interna a Assunção Cristas. Formado em psicologia, é também porta-voz da corrente interna Tendência Esperança em Movimento, que pretende "reforçar a representatividade dos democratas-cristãos dentro do CDS".
A direita encolheu-se, passou a ter vergonha e perdeu espaço. Tem de recuperar esse espaço que deixou vazio", referiu à agência Lusa.
O também conselheiro nacional do CDS, agora com 46 anos, vê este congresso como um momento de "tudo ou nada".
Carlos Meira
Com 34 anos, é um dos menos conhecidos do público. Vem de Viana do Castelo e apela aos valores do meio rural, até porque é empresário no setor florestal.
Farto do centralismo de Lisboa, pede um regresso às bases do partido
Perdeu-se completamente o que deveria ser a governação do partido", disse à Lusa.
Filipe Lobo D'Ávila
Foi uma das vozes mais críticas da liderança de Assunção Cristas, e aparece como um dos seus possíveis sucessores. Saiu do parlamento em rutura com a direção, já depois de ter sido secretário de Estado da Administração Interna e porta-voz do CDS durante os tempos de Paulo Portas.
Aos 44 anos, este advogado, que também foi deputado, quer manter o CDS, mas deixar cair o PP.
Acredito num projeto mobilizador de centro-direita alternativo à esquerda que temos hoje", apontou à Lusa.
Francisco Rodrigues dos Santos
Conhecido como "Chicão", é o mais novo dos cinco, mas também um dos favoritos. Aos 31 anos, este advogado de profissão é o atual líder da Juventude Popular, cargo que acumula com o posto de deputado na Assembleia Municipal de Lisboa.
Durante o governo de Passos Coelho foi adjunto do ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares. Foi considerado pela revista Forbes como uma "jovem promessa" e defende um partido popular e centrado nos valores da família.
O CDS é um partido de direita, ponto final", declarou à Lusa.
João Almeida
O azul sempre foi a sua cor forte. Entre 2010 e 2011 foi presidente do Clube Futebol "Os Belenenses". Na altura já era deputado, função que exerce há quase 20 anos. Dentro do partido já fez de tudo: foi presidente da juventude, dirigente nas lideranças de Paulo Portas e Assunção Cristas e secretário-geral do partido.
Durante a coligação entre CDS e PSD, no governo liderado por Passos Coelho, foi secretário de Estado da Administração Interna.
É advogado de profissão e, aos 43 anos, é um dos favoritos à presidência do partido.
O caminho normal é recuperar a representatividade que tinha", afirmou à Lusa.