CDS quer forçar votação do Programa de Estabilidade no Parlamento - TVI

CDS quer forçar votação do Programa de Estabilidade no Parlamento

  • 10 mar 2018, 14:26

Presidente Assunção Cristas anunciou no 27.ª Congresso do partido, em Lamego, que irá continuar a apresentar "propostas alternativas"

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou este sábado que o partido vai, mais uma vez, forçar uma votação no parlamento do Programa de Estabilidade, para "que fique absolutamente claro que as esquerdas estão bem unidas".

Iremos mais uma vez levar a votos o Programa de Estabilidade, o Programa de Estabilidade que não é um Programa de Estabilidade qualquer, porque enforma o próximo Orçamento do Estado, que também não é um Orçamento do Estado qualquer, é o Orçamento do ano eleitoral de 2019", anunciou Assunção Cristas.

Na primeira intervenção que fez perante o 27.º Congresso do CDS-PP, em Lamego, de apresentação da moção, a líder centrista justificou este gesto na Assembleia da República para que "fique absolutamente claro que as esquerdas estão bem unidas".

Como sempre, apresentaremos as nossas propostas alternativas", vincou.

Os programas de estabilidade não são obrigatoriamente votados no parlamento, mas os partidos podem levar uma resolução a votos, forçando um posicionamento dos partidos.

"Doutrina não se proclama"

Falando aos congressistas, a presidente do CDS-PP defendeu que tem "a democracia-cristã como eixo da roda", conciliando-a com a sua postura pragmática para "chegar a todos" com propostas, porque "a doutrina não se proclama", "põe-se em ação".

Que não haja qualquer dúvida: o meu CDS é o CDS que tem a democracia-cristã como eixo da roda - e a expressão é do professor Adriano Moreira -, e assume-se como a casa do centro e da direita em Portugal, a casa das liberdades, juntando conservadores e liberais. Este é o meu CDS", defendeu Assunção Cristas.

Na sua primeira intervenção ao 27.º Congresso do CDS, em Lamego, apresentando a moção, a líder assumiu ser pragmática porque quer "chegar a todos" e não ser um partido de "nicho".

Sabendo, sim, que a doutrina não se proclama, mas põe-se em ação, enformando as nossas propostas concretas. Nunca na minha vida, como mulher, mãe, professora, advogada, ou agora presidente do partido, nunca absolutamente nunca, prescindi de valores, de ideais e de inspiração", declarou.

Mas, para mim os valores não são para estar numa qualquer prateleira ou vitrina: têm que ser colocados em prática, têm de ser postos na rua, em ação, têm de chegar a todos. Meus amigos, estamos na política por todos e para todos", sublinhou.

Assunção Cristas assegurou não esquecer nem o programa, nem a história do CDS, mas advertiu: "Não me peçam, por um segundo que seja, que me perca em discussões e esqueça de quem precisa de ajuda, de orientação, de apoio, para subir na vida e dar um melhor futuro aos filhos".

No dia em que nos esquecermos disso, deixaremos de ser um partido, trairemos certamente a memória de Adelino Amaro da Costa e não honraremos a presença de Adriano Moreira", argumentou.

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