Há um consenso sobre obras públicas que "é preciso cumprir" - TVI

Há um consenso sobre obras públicas que "é preciso cumprir"

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  • 6 set 2017, 13:36
Assunção Cristas

Assunção Cristas desafia Governo a concretizar consenso alcançado durante o Executivo anterior e adianta que CDS-PP vai entregar projeto de resolução na Assembleia da República

A presidente do CDS-PP desafiou esta quarta-feira o Governo a cumprir os consensos em torno das obras públicas previstos no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI), aos quais acrescentou a expansão dos metros de Lisboa e do Porto.

Há um consenso em matéria de obras públicas e esse consenso está vertido no PETI e está muito por cumprir, precisa de ser cumprido”, defendeu Assunção Cristas, numa conferência de imprensa na sede do CDS-PP, em Lisboa, respondendo à proposta do primeiro-ministro, António Costa, de consensos sobre obras públicas.

O CDS-PP vai entregar um projeto de resolução na Assembleia da República que, defendeu Assunção Cristas, reflete esse consenso já alcançado, durante o Governo anterior, e ainda não concretizado, ao qual juntou a expansão dos metropolitanos de Lisboa e do Porto, que estava previsto naquele documento apenas como objeto de ponderação e análise.

A líder centrista sublinhou que “a grande aposta é a ferrovia” e argumentou que o partido não mudou a sua postura sobre obras públicas, preconizando “obras de proximidade”: “Sempre fomos contra obras megalómanas”.

O projeto de resolução, que é uma recomendação ao Governo, tem 12 pontos, prevendo para o metro do Porto a ligação a Vila D'Este (Gaia), ligação do centro de Gondomar ao Estádio do Dragão, passando por Valbom e servindo os bairros do Lagarteiro e do Cerco, no Porto, assim como a extensão até ao Muro (Trofa).

Para o Metro de Lisboa, está contemplada a expansão de mais 20 estações até 2030, com a prioridade para a expansão da zona ocidental até Algés, que é a zona limítrofe do concelho de Lisboa com o concelho de Oeiras.

O projeto recomenda também a concretização do Plano de Investimentos em Infraestruturas - Ferrovia 2020, com "especial urgência" para a modernização da linha do Oeste, além da requalificação e modernização da linha do Vouga, ligando-a à linha do Norte, em Espinho.

Os centristas defendem, por outro lado, "que seja encontrada uma solução para a linha de Cascais", através de "fontes de investimento nacionais e internacionais, nomeadamente através do recurso a fundos comunitários", sendo necessário investir em "material circulante e nas estações".

A concretização do metro do Mondego é outra das recomendações, assim como o "corredor ferroviário internacional sul", que ligue o sul de Portugal e a Europa, com "transporte ferroviário de mercadorias eficiente, permitindo a articulação entre os Portos do Sul e a fronteira do Caia".

O desenvolvimento da ferrovia no "eixo que liga Aveiro a Salamanca" e a "análise aprofundada" sobre o futuro da linha do Douro são outras recomendações previstas no projeto de resolução do CDS-PP.

O projeto refere-se também ao início da ligação rodoviária entre Viseu e Coimbra, a construção do IC26, a continuação e reforço da requalificação do IC - 1, e à intervenção programada no PETI3+, promovendo melhores condições de mobilidade para os concelhos de Penafiel, Marco de Canaveses, Castelo de Paiva e Cinfães.

Os centristas querem que sejam desenvolvidos "esforços ao mais alto nível, junto das instituições europeias", para "planear e maximizar o financiamento" dos projetos recomendados no diploma, seja a através dos "mecanismos já existentes", como o Plano Juncker e outros, seja "no âmbito do próximo quadro de apoio".

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