Pires de Lima para Passos: «Tem de pôr em ordem a sua gente» - TVI

Pires de Lima para Passos: «Tem de pôr em ordem a sua gente»

Palavras de Luís Filipe Menezes e Fernando Costa não caíram bem ao CDS-PP. A direita está em guerra?

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ACTUALIZADA ÀS 0h17

António Pires de Lima respondeu, esta noite, aos autarcas sociais-democratas de Vila Nova de Gaia e das Caldas da Rainha, que teceram comentários negativos sobre o líder do CDS-PP.

Luís Filipe Menezes disse que, «no espaço não socialista», só «há um líder que está de mãos limpas em relação ao passado», referindo-se a Passos Coelho. Já Fernando Costa ligou Portas a «clientelas dos sobreiros e submarinos».

«Quero dizer àqueles que vão estar, espero, coligados connosco, para se deixarem de querelas e insultos. Não vamos responder da mesma forma», começou Pires de Lima, depois de um jantar em Braga.

Para o democrata-cristão, Passos Coelho tem de agir. «Os líderes vêem-se nestas alturas. Se tem autoridade no seu partido, tem de pôr em ordem a sua gente que se anda a comportar menos bem», atirou.

Mas as picardias com o PSD não se ficaram por aqui. Pires de Lima prometeu que «quem votar CDS pode ter a certeza» que o partido «não vai permitir que a Caixa Geral de Depósitos seja entregue a estrangeiros», tal como defende Passos Coelho, apelidando mesmo esta proposta de uma «moda hiperliberal».

O presidente do Conselho Nacional do CDS-PP defendeu ainda que o memorando assinado com a troika deve ser «questionado» no que diz respeito às privatizações.

Quem não se safou também foi José Sócrates, o «responsável» por um «tempo de profundo vexame e humilhação» do nosso país.

«No entanto, desde que o PEC4 foi chumbado, em boa hora, estamos a viver também um tempo de esperança. Faltam duas semanas para que o povo dispense o primeiro-ministro por causa mais do que justificada, para que lhe mostrem um cartão vermelho vermelhão», avisou.

Segundo António Pires de Lima, Portugal necessita hoje de ajuda externa porque foi «especialmente mal governado» nos últimos seis anos, chegando mesmo a apelidar a governação de Sócrates de «incompetente».

Como exemplo, o gestor apontou o número de estradas em Portugal, com uma descrição que arrancou sorrisos da plateia.

«Eu até tenho uma viatura razoável, confesso, com técnicas de GPS, e entre ontem e hoje fiz 1500 quilómetros. É tamanha a vastidão de estradas no nosso país que até a minha menina do GPS fica perdida», brincou.

Esperando uma «votação histórica» para o CDS, Pires de Lima avisou que o próximo Governo tem a «obrigação moral» de «questionar os acordos que foram feitos para um conjunto de infra-estruturas através de parcerias público-privadas que são a nossa ruína».

CDS tem «independência» para reduzir a despesa

O discurso de Paulo Portas foi pouco mais do que um novo resumo do seu manifesto eleitoral. No entanto, o líder do CDS-PP considerou que só o seu partido tem «independência para reduzir a despesa».

«Não é possível reformar a despesa através de partidos clientelares», avisou, frisando que o CDS tem «uma boa equipa económica» para o fazer de forma «excepcional para esta circunstância».

«O CDS é realista e pragmático nas soluções, não sacrificamos a realidade à ideologia», concluiu.
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