A avaliação do FMI ao ajustamento português está a elevar o clima de animosidade entre o PS e os partidos que compõem o Governo. Na resposta às críticas de António Costa, que disse que "até os amigos do Governo" duvidam do cumprimento de metas, o CDS-PP responde que PS e o FMI são como “irmãos siameses”, já que nos últimos 40 anos o Fundo Monetário Internacional foi chamado por três vezes e sempre pelo PS.
“Se Portugal ficou sob assistência externa à irresponsabilidade do PS o deve. É como se o PS e o FMI não pudessem viver um sem o outro”, disse Filipe Lobo Ávila, porta-voz do CDS-PP, numa nota enviada à agência Lusa.
António Costa também revelou uma “falta de respeito” pelo “extraordinário esforço” dos portugueses para “libertarem” o país da interferência e dependência da ‘troika’, refere o porta-voz.
E acrescenta: “Ao usar críticas do FMI para criticar o Governo de Portugal, o secretário-geral do PS torna evidente que nem se arrepende das políticas que trouxeram o FMI para Portugal nem valoriza os sacrifícios dos nossos compatriotas para deixarmos de depender das ideias do FMI”.
Falando aos jornalistas na capital húngara, onde participou no X Congresso do Partido Socialista Europeu, António Costa, que comentava a declaração divulgada na véspera pelo FMI - que insistiu na necessidade de cortes adicionais na despesa e duvidou do cumprimento da meta do défice este ano.
António Costa disse que a instituição confirmou aquilo que o PS tem dito: “O Governo não alcançou os seus objetivos”.
Depois de divulgada a análise do FMI, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reagiu dizendo que o défice vai ser atingido sem mais medidas.
PS e FMI são como "irmãos siameses"
- Redação
- VC
- 14 jun 2015, 18:55
Crítica vem do CDS-PP, a propósito das declarações de António Costa que disse que "até os amigos do Governo", leia-se o FMI, duvidam que o país consiga cumprir a meta do défice défice
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