PS pede à maioria para «descer de Marte» - TVI

PS pede à maioria para «descer de Marte»

João Galamba (LUSA)

Por seu lado, o CDS-PP louvou os portugueses por terem os «pés bem assentes na terra», ao contrário dos governos socialistas e das previsões catastrofistas da oposição, no parlamento

A deputada do CDS-PP Vera Rodrigues louvou esta quarta-feira o esforço dos portugueses para recuperar a economia, com «os pés bem assentes na terra», ao contrário dos governos socialistas e das previsões catastrofistas da oposição, no parlamento.

Em resposta à declaração política da democrata-cristã, o parlamentar «rosa» João Galamba afirmou só poder «ir a jogo com alguém que desça do planeta Marte e aterre no planeta Terra».

«Tem consultado os dados económicos dos últimos tempos? Todos são negativos (desemprego, volume de negócios, confiança dos consumidores). A única coisa que não conhecemos são os dados do Produto Interno Bruto do último trimestre, mas, provavelmente, confirmarão a claríssima desaceleração da atividade económica», afirmou o socialista.

Vera Rodrigues tinha questionado a «estranha forma de vida do PS», acusando o maior partido da oposição de interpretar sempre como «más notícias» toda e qualquer «boa notícia para o país», como os últimos dados da execução orçamental, elencando a baixa na despesa de «1.192 milhões de euros» e «défice melhor do que o esperado em 655 milhões de euros».

«Não queremos mais dívida, mais despesa, mais défice, mais Parcerias Público-Privadas, mais aeroportos, mais terceiras travessias (do rio Tejo). Queremos os pés bem assentes na terra, com os olhos postos no futuro«, desejou a parlamentar do CDS-PP, acrescentando que o Governo da atual maioria conseguiu devolver «os salários que o PS cortou, aumentar o Salário Mínimo Nacional que o PS congelou», entre outras medidas, como o «aumento do rendimento disponível para quem trabalha e tem filhos a cargo».

A deputada centrista sublinhou ainda que «afinal não houve segundo resgate, não houve programa cautelar, não houve espiral recessiva, não houve mais troika» e que tal foi, «de facto um choque, mas não foi um choque tecnológico, foi um choque entre o destino que vaticinaram para Portugal e aquilo que os portugueses conseguiram fazer», pois «o mérito da retoma é de todos os portugueses».

O parlamentar social-democrata Paulo Simões Ribeiro apoiou a tese de que os resultados obtidos, considerados positivos, se devem «ao esforço e empenho de Portugal e dos portugueses para recuperar o país daquilo que foi o legado do PS».
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