A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje que o primeiro ano de mandato do Governo socialista foi "de grande frustração e de falhanço claro de todos os objetivos", tendo sido alcançados "resultados muito poucochinhos".
Foi um ano de grande frustração quando olhamos para aquilo que foram as promessas do Governo e aquilo que são os resultados muito poucochinhos que este Governo tem para mostrar ao fim de um ano", disse Assunção Cristas aos jornalistas sobre o primeiro ano de mandato do executivo socialista, que hoje se cumpre, à margem do "Ciclo de Conferências - Ouvir Lisboa".
Na opinião da líder centrista, "é extraordinário, mas aquilo que é mais sinalizado é o facto de o Governo ter durado um ano", o que significa que "a expectativa era muito baixa".
Um Governo que simplesmente valoriza o facto de existir após um ano é pouco", criticou.
Cristas referiu que "do ponto de vista das promessas do agora primeiro-ministro e daquilo que era o discurso das esquerdas mais radicais que apoiam este Governo, que há uma grande frustração e um falhanço claro de todos os objetivos".
Na sexta-feira, o Governo socialista fez um balanço sobre este primeiro ano de mandato, no qual anunciou que no primeiro ano da legislatura "deu início a cerca de 66% das quase 1100 medidas inscritas no Programa do Governo", estando 31% em fase preparatória e 35% em execução.
Este Governo faz muito bem uma coisa que se chama propaganda. E de facto o iniciar já é uma grande festa. Eu gostava de assinalar tudo aquilo que não foi cumprido e que corresponde a uma grande frustração", respondeu, quando questionado sobre este balanço.
Na opinião da líder centrista, "do ponto de vista de indicadores macroeconómicos o país não está melhor" e por isso não vê "como é que o Governo pode fazer uma grande festa e um grande foguetório em torno de um ano de existência".
A expectativa estava tão baixa para eles próprios que sobreviverem um ano é motivo de festa. Isso realmente aconteceu, agora a que custo é que nós vamos vendo", defendeu.
Sobre as sondagens que dão uma descida da direita, Cristas considera que "é preciso dar tempo".
O CDS sempre viveu apesar de sondagens porventura não muito simpáticas. Não acreditamos nelas, não nos pautamos por elas", acrescentou mais à frente.
Segundo a deputada do CDS-PP, a estabilidade do Governo existe por duas razões: "há um Governo das esquerdas que tem a cumplicidade dos sindicatos em silêncio".
Não reconheço esse país cor-de-rosa que o Governo nos quer vender e nos quer fazer acreditar", disse.