Portas acusa PS e PSD de «negligência social» - TVI

Portas acusa PS e PSD de «negligência social»

Paulo Portas

Líder do CDS considera que a questão social esteve ausente das negociações do Orçamento do Estado

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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou este domingo PS e PSD de «negligência social» ao terem ultrapassado a fronteira da «solidariedade» para com os «mais fracos e mais vulneráveis» no acordo para o Orçamento do Estado (OE).

«Se há uma coisa que os portugueses puderam perceber das negociações orçamentais entre o PS e o PSD é que a questão social esteve ausente dessas negociações, os mais pobres, que são os idosos ficaram como os sem-abrigo deste orçamento», afirmou Paulo Portas.

O líder democrata cristão visitou a feira de Natal da instituição particular de solidariedade social Novo Futuro, no Centro de Congressos de Lisboa, referindo igualmente a realização do peditório nacional do Banco Alimentar contra a Fome que decorreu neste fim-de-semana, para sublinhar que «a sociedade portuguesa tem muito mais sentido de responsabilidade social que os governantes portugueses».

Portas apontou para o «paradoxo» do OE: «O Estado, quando é para congelar pensões de 246 euros não hesita um segundo, mas quando é para ter contenção em salários de gestores públicos de 246 mil euros por ano, aí já há toda a condescendência», afirmou.

«O Estado quando quer abrir excepções para as empresas públicas, abre em 48 horas, mas pensar numa excepção para as famílias de classe média baixa com pouco mais de 630 euros de rendimento para manterem o abono de família, isso já não pensam», acrescentou.

O líder democrata-cristão considera que «esta negligência social tem que ser corrigida», «sabendo que é preciso reduzir a despesa, sabendo que é preciso corrigir o desequilíbrio orçamental», mas estabelecendo um «limite e uma fronteira».



Para o CDS-PP, «esse limite e essa fronteira é a solidariedade com aqueles que são mais fracos e mais vulneráveis em Portugal».

«O fosso entre os que têm mais e os que têm menos agravou-se, os que têm menos têm cada vez menos, os que têm menos dos que têm menos são os idosos, e não têm voz, e a classe média é cada vez menos média e tem cada vez menos capacidade de mobilidade social», afirmou.
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