"Deus queira que o PS e o PSD não ganhem com maioria", foi interpelado desta forma Jerónimo de Sousa, pouco depois de ter saído do carro e ter começado a cumprimentar os populares.
"Não ganham nada", respondeu de forma convicta. Mais convicta do que o interlocutor, que voltou a invocar a divindade, para expressar dúvidas sobre os resultados eleitorais: "Deus queria que não ganhem".
À nova expressão de dúvida, Jerónimo de Sousa valeu-se então da sabedoria popular, uma fonte recorrente de ditos e ditados nos seus discursos, e em que parece depositar mais fé do que aquela que deposita em Deus o homem que o abordou nas ruas de Moura.
"O povo português não vai meter a maioria dos ovos no mesmo cesto", sentenciou Jerónimo de Sousa. E seguiu caminho para o palanque montado a poucos metros, onde asseguraria que o objetivo da CDU é "aplicar uma derrota" à direita" e lutar por um segundo deputado em Beja.