Jerónimo de Sousa diz que "ainda há muito terreno para conquistar" - TVI

Jerónimo de Sousa diz que "ainda há muito terreno para conquistar"

  • JFP
  • 14 set 2019, 13:30
Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje que as sondagens não decidem pelos portugueses

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje que as sondagens não decidem pelos portugueses, lembrando que “ainda há muito terreno para conquistar” e que “o resultado da CDU ainda está em construção”.

Com todo o respeito pelas sondagens, estas ainda não decidem antes da decisão tomada pelo povo português”, afirmou Jerónimo de Sousa durante um encontro com moradores e ativistas pelo direito à habitação, que decorreu hoje num bairro lisboeta.

A CDU aparece hoje como o quatro partido com mais intenções de voto para as legislativas, com 7,1% dos votos, segundo o estudo de opinião da Eurosondagem, hoje publicado no Sol, Porto Canal, Diário de Notícias da Madeira e Diário Insular dos Açores.

A projeção de deputados eleitos revela que, em relação às últimas legislativas, a CDU perde lugares: em 2015 elegeu 17 e agora os 7,1% de votos significam entre 13 e 15 deputados.

Lembrando que muitos eleitores “ainda não decidiram”, Jerónimo de Sousa sublinhou que “todos os caminhos estão abertos para a CDU” e que “ainda há muito terreno para conquistar”.

A três semanas das eleições legislativas, que se realizam a 06 de outubro, o secretário-geral do partido lembrou que “o resultado da CDU ainda está em construção” e que existe uma “excelente dinâmica”.

Na sondagem hoje divulgada, o PS aparece "à beira da maioria absoluta", com 38,3% dos votos, revela a primeira página do jornal Sol.

O PSD aparece em segundo lugar nas intenções de voto para as legislativas com 23,3%, seguindo-se o Bloco de Esquerda com 9,5%, a CDU com 7,1%, o CDS-PP com 5,5% e o PAN com 4,5%.

Estes resultados têm por base 1.022 entrevistas realizadas de forma aleatória entre os dias 07 e 12 de setembro: 51,8% dos inquiridos são mulheres e 48,2% homens. O erro máximo da amostra é 3,08% para um grau de probabilidade de 95%.

Os entrevistados são representativos da população com mais de 18 anos, residente em Portugal Continental, Açores e Madeira.

Jerónimo nega movimento de contestação interna no partido

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu que possa “haver um ou outro descontente” no partido, mas nunca um descontentamento generalizado ou qualquer movimento de contestação interna.

O jornal Expresso noticia hoje que, após a Festa do Avante!, começou a circular nas redes sociais um “Manifesto dos Comunistas contra a Geringonça”, que reprova a estratégia seguida pelo PCP nos últimos quatro anos de Governo socialista.

Questionado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa negou qualquer movimento de contestação interna: “Garanto que não. Que não existe. Antes pelo contrário”.

À margem de um encontro em Lisboa com moradores e ativistas pelo direito à habitação, o secretário-geral sublinhou o “bom ambiente” que se sente nesta fase de pré-campanha para as eleições legislativas que se realizam dentro de três semanas.

Há de facto um bom ambiente e uma saudação muito forte pelo papel que tivemos na política de reposição e conquista de direitos. Essa é que é a matriz fundamental. Pode haver um ou outro descontente, mas não terá muita expressão”, garantiu.

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