Jerónimo de Sousa diz que PSD “não tem preocupação” com as PME - TVI

Jerónimo de Sousa diz que PSD “não tem preocupação” com as PME

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  • 3 jul 2019, 01:19
Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP recordou as palavras do presidente do PSD, Rui Rio, na apresentação das linhas gerais do quadro macroeconómico para 2019-2023, que serve de base ao programa eleitoral do partido para as eleições legislativas de outubro

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje em Leiria que o PSD “não tem preocupação” com as pequenas e médias empresas (PME), criticando Rui Rio, que afirmou que PCP considera os trabalhadores inimigos do capital.

Durante a apresentação da candidata da CDU por Leiria às eleições legislativas, Heloísa Apolónia, o secretário-geral do PCP recordou as palavras do presidente do PSD, Rui Rio, na apresentação das linhas gerais do quadro macroeconómico para 2019-2023, que serve de base ao programa eleitoral do partido para as eleições legislativas de outubro.

“Ainda hoje ouvimos Rui Rio afirmar que temos uma visão maniqueísta de que os trabalhadores são inimigos do capital e que o capital é inimigo dos trabalhadores. E fazia-se um sublinhado muito grande em relação às empresas. De quais empresas estava a falar? Dos grandes grupos económicos? Dos grandes grupos transnacionais? Das EDP, GALP, daquilo que foi privatizado?”, questionou Jerónimo de Sousa.

Para o líder do PCP, “essas [empresas] são inimigas dos trabalhadores, porque os exploram até ao máximo”.

Jerónimo de Sousa criticou que o PSD “não fala das pequenas e médias empresas, designadamente a distribuição, também elas exploradas pelas grandes multinacionais, que sufocam milhares de empresas”.

“Então tinha tanta preocupação em relação às empresas, pensávamos nós que estava a falar das PME, mas quem quis aumentar o IVA da restauração que levou ao sufoco de centenas de empresas e até à sua ruína? Foi preciso, com a proposta da CDU, baixar o IVA e salvar milhares de PME”, rematou.

O presidente do PSD, Rui Rio, comprometeu-se hoje a reduzir a carga fiscal na próxima legislatura caso vença as eleições, sendo o aumento do investimento público outra das apostas para dar aos portugueses "melhor emprego e melhores salários".

Em conferência de imprensa na sede do PSD, em Lisboa, o presidente social-democrata, referiu que a estratégia de desenvolvimento económico "tem de assentar no crescimento pela via das exportações e do investimento".

"O Governo que está hoje em funções não está capaz de conseguir uma estratégia destas na exata medida que quer o BE quer PCP veem o capital como inimigo dos trabalhadores e os trabalhadores como inimigos do capital", criticou.

O PSD compromete-se, assim, com "políticas públicas para aumentar a competitividade das empresas" e "aumentar o investimento público que, como se sabe, durante a governação do PS atingiu o patamar mais baixo dos últimos anos, representa 2% do PIB".

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