Debate aquece e deputados esquecem Orçamento para defenderem honra - TVI

Debate aquece e deputados esquecem Orçamento para defenderem honra

Troca de acusações entre o social-democrata, Duarte Pacheco, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, começou, praticamente, às 9:00 da manhã e depois do meio-dia, Duarte Pacheco foi mesmo mais longe para chamar mentiroso ao governante

O tema do debate era a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2017 mas o tom das conversas foi subindo até se chegar a acusações de mentiras e se entrar na questão da defesa da honra.

A troca de acusações entre o social-democrata, Duarte Pacheco, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, começou, praticamente, às 9:00 da manhã e depois do meio-dia, Duarte Pacheco foi mesmo mais longe para chamar mentiroso ao governante.

Em causa a falta de resposta à colega de bancada Inês Domingues. A deputada do PSD assegurou que há "uma derrapagem na despesa com pessoal".

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Segundo Inês Domingues, o desvio é de 143 milhões na administração central. “Não se deve à redução remuneratória porque esse efeito era conhecido no início do ano. Só pode ser o efeito das 35 horas, seja porque aumentam as horas extraordinárias, seja porque aumentam as contratações " e isso, concluiu,  "entra em contradição" com o que foi defendido ao Presidente da República.

A deputada perguntou mas Centeno não respondeu e Duarte Pacheco fez uma interpelação para dizer que “se é para continuar a mentir, como tem feito toda a manhã, fez muito bem em ficar calado”.

Saiu logo o PS em defesa de ministro, de resto em papel que o deputado João Galamba gosta de assumir nestas ocasiões, aqui optando por recordar Vítor Gaspar.

Regressou o PSD no contra-ataque. E à “peste grisalha” de Centeno, que o faz esquecer os números, Galamba respondeu com “merece todo o repúdio da nossa parte [PS]”.

Mas já o social-democrata António Leitão Amaro avançava com um “há limites para a demagogia em propaganda”, depois do socialista Paulo Trigo Pereira também resolver intervir.

Galamba, ao seu jeito, subiu o tom: "Ataques à honra de pessoas não aceito. Não sei qual o critério dentro da bancada do PSD mas posso garantir que na bancada do PS a seriedade de todos os deputados existe. Sejam eles, ou não, professores universitários”.

Sobre a imputação que me foi feita, repito, e há suporte de vídeo que demonstra, Vítor Gaspar não queria a redução da maturidade e dos juros da da dívida defendido pela Irlanda e pela Grécia”, acrescentou.

A presidente da Comissão, Teresa Leal Coelho, deputada do PSD, interveio mas “aparentemente” se esquecendo, momentaneamente, do cargo, tomou as dores do seu partido. Aí ainda houve espaço para mais troca de palavras.

No final, um dérbi que em nada dignificou o Parlamento e muito menos serviu os cidadãos para perceberem que documento vai ditar as suas vidas em 2017.

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