PSD acusa PS de "brincar" com o Parlamento no caso dos e-mails - TVI

PSD acusa PS de "brincar" com o Parlamento no caso dos e-mails

  • VC
  • 3 mar 2017, 12:43
Caixa Geral de Depósitos

Socialistas defendem que troca de correspondência entre o ministro Mário Centeno e o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, pode ser consultada pelos deputados, mas não divulgada publicamente e utilizada politicamente

Os deputados vão ter acesso aos e-mails trocados entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos António Domingues. Só que o PS quer que essa correspondência possa ser consultada pelos deputados, mas não possa ser divulgada publicamente e utilizada politicamente. O PSD acusa o partido do Governo de estar a "brincar" com o Parlamento, tentando essa proibição.

Esta posição foi assumida pelo vice-presidente da bancada social-democrata Hugo Soares, depois de o PS ter defendido a tese de que a troca de correspondência entre o ministro Mário Centeno e António Domingues pode ser consultada por todos os deputados dos grupos parlamentares representados na comissão de inquérito, embora esteja fora do objeto dos trabalhos.

A CGD é um tema demasiado sério para ser sujeito às brincadeiras do PS. Por parte do PSD, não há qualquer dúvida de que os documentos fazem parte do espólio da comissão parlamentar de inquérito"

De acordo com Hugo Soares, o que se passou na quinta-feira na reunião da comissão parlamentar de inquérito sobre a CGD foi "claro e cristalino". "Foi não só aprovada a admissibilidade dos documentos enviados por António Domingues, como também a sua distribuição por todos os deputados que compõem a comissão", sustentou, citado pela Lusa.

O CDS voltou a apresentar a proposta para a distribuição e consulta dos documentos e desta vez PS, Bloco de Esquerda e o PCP aceitaram.

Para o vice-presidente da bancada do PSD, neste passo, o PS "foi provavelmente apanhado de surpresa", depois de "uma maldade que o PCP quis fazer a Mário Centeno e aos socialistas". "Talvez se esteja perante uma pequena vingança dentro da geringonça", isto é, entre os partidos que suportam o atual Governo, "mas isso é um problema entre eles", atirou Hugo Soares.

Ainda para refutar a posição dos socialistas, o dirigente do grupo parlamentar do PSD salientou que "não há documentos distribuídos numa comissão de inquérito sem serem admitidos". "É assim em qualquer lado do mundo".

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