Armando Vara sublinhou na comissão de inquérito que tinha a «obrigação de estar atento» à intenção de compra da TVI por parte da PT enquanto vice-presidente do BCP.
«Eu tinha a obrigação de estar atento à necessidade de financiamento de uma empresa que é a maior do país [PT]», afirmou esta segunda-feira.
No entanto, o vice-presidente suspenso do BCP nega qualquer intervenção no negócio: «Eu não sei como me relacionam ou porquê com o negócio. Mas não tenho nada a ver com o negócio, nunca tive e tudo o que tem aparecido sobre isso são meras especulações.»
Perante a lembrança das escutas pelo deputado do BE João Semedo, Vara frisou a sua «impressão» com a invocação de «um acto de violação da lei». « Essas conversas não têm nenhum valor, não reflectem rigorosamente nada do que se passou comigo», respondeu.
«Não tendo nada a ver com o negócio, as minhas actividades enquanto responsável por um banco implicam estar atento ao que se passa. Sobre o negócio TVI havia notícias todos os dias, era normal que fosse falando. Se as conversas vierem a público é isso: são conversas sobre notícias dos jornais», reforçou.
Garantindo que o seu acompanhamento do negócio foi apenas feito por «interesse profissional», Armando Vara confirmou a «vontade do BCP em incrementar relações comerciais com a PT», através da «tentativa de colocar obrigações».
PT/TVI: Vara diz que apenas esteve «atento»
- Catarina Pereira
- 26 abr 2010, 10:51
Vice-presidente do BCP sublinha que as escutas «não têm valor nenhum»
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