Corpo de Mário Soares já está nos Jerónimos - TVI

Corpo de Mário Soares já está nos Jerónimos

Carro fúnebre chegou à casa da família, no Campo Grande, por volta das 11:00, onde estavam centenas de pessoas, entre familiares, amigos e anónimos. Cortejo voltou a parar junto à Câmara de Lisboa, onde a urna foi transladada para uma pequena carruagem, o armão

O corpo de Mário Soares já está no Mosteiro dos Jerónimos. O cortejo, que marca o início das cerimónias fúnebres do antigo Presidente da República, chegou à Praça do Império, em Belém, poucos minutos depois das 13:00. Durante o percurso, que percorreu as ruas de Lisboa, houve paragens junto à casa da família, no Campo Grande, e junto à Câmara Municipal de Lisboa.

O carro fúnebre chegou à casa da família, na Rua João Soares, por volta das 11:00, acompanhado por 30 militares da GNR em mota. À sua espera estavam centenas de pessoas, entre familiares, amigos e muitos anónimos.

Quando o carro chegou, ouviu-se uma salva de palmas e foi levantada uma bandeira amarela do Partido Socialista. Muitos dos presentes entoaram "Soares é fixe!", o slogan que fez história durante as Presidenciais de 1986.

O cortejo parou por alguns minutos para um momento de homenagem, que foi também um momento de muita emoção.

Entre os familiares que aguardavam junto à casa da família estavam os filhos do antigo Presidente da República, João Soares e Isabel Soares, que se juntaram aqui ao cortejo.

O carro avançou depois alguns metros, parando novamente à porta do Colégio Moderno, propriedade da família e do qual Isabel Soares é diretora. Nova paragem e nova homenagem: dezenas de alunos, professores e funcionários estavam no exterior do colégio e aplaudiram o momento.

O cortejo saiu depois do Campo Grande e voltou a parar junto à Câmara de Lisboa, onde aguardavam, além de centenas de populares, o presidente da autarquia, Fernando Medina, vereadores e outros autarcas.

Na Praça do Município, a urna de Mário Soares, envolta numa bandeira de Portugal, foi transladada do carro funerário para uma pequena carruagem, o armão, decorada com rosas brancas. Um processo feito por militares da GNR, a guarda do Presidente.

Duas guardas da GNR receberam dos netos de Mário Soares as duas insígnias da Liberdade. E num gesto simbólico, Fernando Medina colocou um cravo junto ao caixão. 

Depois desta paragem, o cortejo saiu da praça em direção ao Mosteiro dos Jerónimos, onde o corpo estará em câmara ardente até terça-feira.

O cortejo chegou aos Jerónimos, na Praça do Império, poucos minutos depois das 13:00. No local, estavam 130 elementos da GNR.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e a ministra da Presidência e representante do Governo na ausência de António Costa, Maria Manuel Leitão Marques, estavam entre os que aguardavam a urna.

Seis militares da GNR transportaram depois a urna para a Sala dos Azulejos, no mosteiro, onde entretanto decorreu uma cerimónia privada para familiares e personalidades.

Junto à urna ficam expostas as insígnias que Mário Soares recebeu em vida, os colares da Ordem Militar da Torre e Espada e da Ordem da Liberdade. A urna permanece fechada, coberta com a bandeira de Portugal.

Depois da cerimónia privada, a Sala dos Azulejos abriu portas às centenas de populares que aguardavam à entrada para o último adeus a Mário Soares.

Mário Soares morreu no sábado, em Lisboa, e o Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.

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