Se for Governo em 2016, PS devolverá «mesmo» todos os cortes - TVI

Se for Governo em 2016, PS devolverá «mesmo» todos os cortes

A seguir à reposição de 20% em 2015, já decretada, Tribunal Constitucional manda devolver o resto em 2016. Passos Coelho já admitiu que vai desobedecer. Socialistas aproveitam para deixar já promessa eleitoral em sentido contrário

Se for Governo, em 2016, o Partido Socialista garante que vai devolver «mesmo» os 80% dos cortes salariais da função pública, respeitando a decisão do Tribunal Constitucional. Promessa feita na discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2015, que será aplicado ainda pelo atual Governo. Mas o seguinte, não se sabe ainda, porque há legislativas pelo caminho. Na quinta-feira, o primeiro-ministro assumiu que irá desobedecer ao TC, se ainda se mantiver no poder nessa altura. Passos Coelho defendeu que será congruente com aquilo que sempre defendeu: uma reposição gradual de 20% ao ano. O PS vem prometer tudo aos portugueses.
 

Foi pela voz de Ana Catarina Mendes (PS) que foi deixada, em plena Assembleia da República, a promessa dos socialistas: «Ao ler, o primeiro-ministro não teve cuidado e fez anúncio falso ao país. Vieram à tarde dizer que afinal já não havia reposição integral dos salários. Felizmente, para os portugueses, o primeiro-ministro já não estará sentado aí em 2016. A reposição integral dos salários é mesmo para 2016. É a mais firme convicção. E é a mais firma convicção que o próximo OE2016 não será feito por este Governo», garantiu. 

Depois, Carlos Abreu Amorim (PSD) apontou o dedo à nova liderança do maior partido da oposição: «O que é que quer este PS? Que soluções tem para a Segurança Social e sistema fiscal? Que alternativas tem em relação à política? O que é que António Costa pensa sobre a saúde, educação, emprego? Hoje conhecemos as bondades das políticas do desemprego, com a redução da taxa para 13,6%», começou por dizer, aludindo aos resultados divulgados esta sexta-feira pelo INE, sobre o balanço do desemprego em setembro

Para os sociais-democratas, «o PS tem de perceber que, num país democrático, que ainda está a passar por um período difícil, quem quer governar tem que dizer o que quer e ao que vem, tem que largar de vez este tabu de dizer generalidades e de não ter propostas específicas». Por isso, no entender de Carlos Abreu Amorim, «o que se percebeu do seu discurso (de Ana Catarina Mendes) foi o regresso da política do facilitismo e a isso este Governo diz não».

O ataque do PSD ao PS não se ficou por aqui. O deputado Miguel Santos usou termos tripeiros para condenar António Costa: «Não chega ir à televisão à quinta-feira à noite mandar uns bitaites». 
 

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