Com o fim da troika, «governo não tem mais nada a dizer» - TVI

Com o fim da troika, «governo não tem mais nada a dizer»

António Costa [Lusa]

Críticas de António Costa que considera que a atual maioria está esgotada

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O líder socialista, António Costa, afirmou esta terça-feira que a maioria PSD/CDS-PP ficou esgotada com o fim do programa de assistência económico-financeira da troika, pois «não tem mais nada a dizer» e o país anseia ser libertado do Governo.

«A maioria parlamentar esgotou a sua capacidade de inovação e renovação. Tinha um único programa que era cumprir o programa da troika. A troika acabou, o programa continuou com este Governo, que não tem mais nada a dizer. O país está todo impaciente é para que este Governo rapidamente o liberte para que se possa concentrar nos grandes desafios do futuro, com ambição, convicção e capacidade porque há empresas cheias de vontade de produzir», disse, no parlamento.


O secretário-geral do PS, acompanhado pelos deputados Ferro Rodrigues, Marcos Perestrello, Pedro Nuno Santos e João Galamba, reuniu-se antes com representantes de associações empresariais das indústrias têxtil, do calçado, da construção civil e do setor da hortofloricultura, bem como com o economista António Rebelo de Sousa, irmão do ex-líder do PSD e comentador político Marcelo Rebelo de Sousa.

«O que toda a gente sente é que estamos muito aquém do ponto em que devíamos estar e para onde devíamos ir. As estatísticas demonstram-no, ao contrário do que o Governo nos quis apresentar, como nos tendo dado esta estratégia de austeridade um novo padrão de crescimento - cada vez mais exportadores e menos importadores. Os números que vão saindo do nosso comércio externo vão destruindo esta ideia», lamentou.


António Costa referiu a iniciativa governamental de criação de um banco de fomento, que «não ata nem desata» e sugeriu que «o investimento dos vistos gold, utilizado sobretudo para escoar imobiliário paralisado na banca seja reorientado para um fundo de capitalização de empresas, por exemplo, através do IAPMEI» (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação), além de medidas fiscais de incentivo (IRS e IRC) ao financiamento das empresas pelos próprios sócios, «sem contar como custo e em alternativa ao recurso à banca».

Segundo o secretário-geral do PS, os setores do têxtil, calçado e agroalimentar «estão a crescer, mas poderiam crescer muito mais se os fundos [comunitários de apoio] estivessem já ativados, se o clima económico fosse outro, se houvesse mais investimento e, para isso, era preciso mais confiança».
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