Rui Pereira reage ao aumento da criminalidade - TVI

Rui Pereira reage ao aumento da criminalidade

Portugal está no bom caminho ao nível de política de segurança, considerou

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O ministro da Administração Interna afirmou esta sexta-feira que o aumento da criminalidade conheceu uma desaceleração no segundo semestre de 2008 e início deste ano e que Portugal está no bom caminho ao nível de política de segurança, informa a Lusa.

As declarações de Rui Pereira foram proferidas no início de um almoço oferecido pelo Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, ao Governo português.

Aumento da criminalidade é reflexo da crise

Confrontado com dados que indicam que o aumento da criminalidade em 2008 (criminalidade geral e crime violento) foi o maior dos últimos dez anos, Rui Pereira começou por referir que, dentro de poucos dias, será apresentado o relatório de segurança interna, «altura em que se fará uma análise clara e completa».

Por que aumentou a criminalidade violenta?

«Temos de concluir que em 2008 houve um aumento da criminalidade relativamente a 2007, quer da criminalidade geral, quer da violenta. Mas deve-se realçar que no segundo semestre de 2008 - e apesar deste semestre englobar o período do Verão - houve uma desaceleração da criminalidade», sustentou o membro do Governo.

Ministro tem de dar explicações

Rui Pereira deixou depois «a garantia» de que, «a partir do segundo semestre de 2008, a tendência de subida das criminalidades geral e violenta registaram uma quebra».

«Essa quebra ainda foi mais acentuada nos primeiros dois meses deste ano, Janeiro e Fevereiro», insistiu, embora advertindo que a «constatação» dos números que citava «não permitem» ao Governo «embandeirar em arco».

«Assumo o resultado geral que houve um aumento da criminalidade geral e violenta relativamente a 2007, mas, se dividirmos em trimestres o ano passado, verifica-se uma desaceleração a partir do segundo semestre, que ainda foi mais efectiva no último trimestre de 2008», frisou.

Aumento do crime tem «origens civilizacionais»

Nas declarações que fez aos jornalistas, o ministro da Administração Interna disse ter uma estratégia «sobretudo orientada para o combate à criminalidade violenta e grave», através «de reforços dos dispositivos do policiamento de proximidade, da segurança comunitária e da formação das forças de segurança».

«Sabemos que estamos no bom caminho. Estar no bom caminho é estar com as forças de segurança (PSP e GNR), apoiá-las em todas as situações e dar-lhes meios para responder eficazmente ao crime», declarou.

Interrogado sobre o que se passou no primeiro semestre de 2008 em termos de aumento significativo de criminalidade, o ministro da Administração Interna recomendou que a análise da evolução do crime em Portugal «deverá ser feita a frio».

Culpa não é da alteração à Lei Penal

Perante a insistência dos jornalistas sobre o que se passou no primeiro semestre de 2008 ao nível da segurança - já que esse é o período em que o aumento do crime foi maior -, Rui Pereira respondeu que o crime «tem origens civilizacionais que ninguém pode ignorar».

«O que me preocupa é que a resposta policial seja eficaz. O progresso em si mesmo gera factores de risco - e temos de estar atentos a esses factores. Mas posso dizer que estamos no caminho certo», repetiu. Neste contexto, Rui Pereira negou que a recente revisão das leis penais justifique o aumento global da criminalidade em 2008.
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