Crimes «especialmente graves» aumentaram em 20 por cento, diz CDS - TVI

Crimes «especialmente graves» aumentaram em 20 por cento, diz CDS

Democratas-cristãos criticam ainda o Governo por não contratar mais forças de segurança em 2010

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O CDS criticou este domingo o Governo por haver um aumento «zero» de agentes das forças de segurança em 2010 e negou qualquer inversão na criminalidade em Portugal no ano anterior, contrapondo até que aumentaram os crimes «especialmente graves».

Numa conferência de impressa, o deputado do CDS Nuno Magalhães referiu que «o Governo tinha prometido que iriam entrar imediatamente mais dois mil novos elementos para as forças de segurança, mas isso não é verdade».

De acordo com o dirigente democrata-cristão, um concurso para a GNR ou para a PSP, demora em média sete meses em procedimentos administrativos e, depois de aberto o curso, um polícia tem de ter nove meses de instrução.

«Ora, se o Governo só assinou o despacho esta semana, só iremos ter os dois mil novos elementos em Julho de 2011 no caso da PSP e em Setembro de 2011 no caso da GNR. Isto significa que em 2010 irão entrar zero novos elementos para a PSP e para a GNR, o que nos leva a concluir que estamos perante um erro grave de planeamento», acusou.

Criminalidade não diminuiu

Na conferência de imprensa, Nuno Magalhães contestou também a leitura do Governo em relação ao teor do Relatório de Segurança Interna de 2009.

Para o CDS, «factualmente, o relatório demonstra uma estabilização da criminalidade, quer a total, quer a grave ou violenta, mas não qualquer tendência de inversão como sustenta o Governo».

«Se contabilizarmos os anos de 2008 e 2009, verifica-se que houve um aumento da criminalidade de 5,8 por cento e da criminalidade grave e violenta de 10,2 por cento. Pior do que isso, os crimes graves e violentos que mais aumentaram em 2009 são aqueles que se classificam como especialmente graves e que causam alarme social, caso dos crimes de rapto, sequestro, reféns, motins e violações», contrapôs Nuno Magalhães.

O deputado refere mesmo que «todos estes crimes subiram mais de 10 por cento e alguns deles mesmo 20 por cento» na totalidade.
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