Governo disponível para dialogar com oposição - TVI

Governo disponível para dialogar com oposição

Pedro Silva Pereira (frame)

Para construir soluções que permitam «condições políticas duradouras para a estabilidade», diz Silva Pereira

O ministro da Presidência garantiu esta quinta-feira que a disponibilidade do Governo para dialogar com todos os partidos é a mesma de «sempre», até para construir soluções que permitam «condições políticas duradouras para a estabilidade».

«Da parte do Governo a disponibilidade que existe é a disponibilidade de sempre para dialogar com todos os partidos políticos e até para construir soluções que permitam condições políticas duradouras para a estabilidade política», afirmou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, quando questionado sobre a disponibilidade para dialogar com o executivo manifestada pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, em entrevista à Antena 1.

Na entrevista, o líder social-democrata assegurou que o partido está «na disposição de conversar com o Governo sobre todas as matérias que são importantes para o país», sublinhando que não «nenhum facciosismo, nem nenhuma zona de exclusão».

Excluindo fazer esse diálogo através dos jornais, Pedro Passos Coelho afirmou ainda que se o Governo pretender mexer no Programa de Estabilidade e Crescimento, o PSD estará interessado em ouvir quais são as intenções do executivo de José Sócrates.

Confrontado com estas declarações, o ministro da Presidência reiterou que «o Governo está sempre disponível para dialogar com todos os partidos, inclusive com o maior partido da oposição», lembrando que no início da legislativa o executivo tomou a iniciativa, embora recusada por toda a oposição.

Pedro Silva Pereira notou, porém, que não se pode ao mesmo tempo «pretender dar sinais de estabilidade» e «estar sempre a equacionar cenários de crise política, condições para a ocorrência de eleições e para o surgimento de um novo Governo».

«Foi exactamente o que fez o líder do maior partido da oposição», criticou o ministro da Presidência, que falava na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência insistiu ainda na ideia de que se Portugal quer dar sinais de estabilidade política para os mercados internacionais e para os agentes económicos de confiança, então o discurso tem de ser apenas um.

«Um discurso de estabilidade política, um discurso do cumprimento desta legislatura até ao final, até 2013», salientou, considerando que não se pode dizer que há disponibilidade para o diálogo, mas ao mesmo tempo apresentar «uma lista das condições em função das quais podemos ter eleições antecipadas e crise política».

«Isso é, de facto, no fim das contas contribuir também para a instabilidade e para um clima que não é favorável à confiança», disse.
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