“Esquerdas unidas” com “vergonha de serem confrontadas” com a realidade na saúde - TVI

“Esquerdas unidas” com “vergonha de serem confrontadas” com a realidade na saúde

  • PP
  • 20 set 2017, 22:39
Assunção Cristas

Acusação foi feita esta quarta-feira por Assunção Cristas, líder do CDS-PP

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje BE e PCP de terem "vergonha de ser confrontados" com a realidade, ao chumbarem o pedido de audição do ministro da Saúde e das ordens dos médicos e enfermeiros no Parlamento.

"Hoje vemos as esquerdas unidas, num dia a dizerem que o ministro [Saúde] anda mal, o próprio PCP e o BE a criticarem o ministro da Saúde, e depois vemos, no outro dia, quando o CDS, pela mão da nossa deputada, traz um requerimento para ouvir todos no Parlamento - o ministro e os bastonários das ordens profissionais dos médicos e dos enfermeiros - e chumbam esse requerimento", disse Assunção Cristas, durante o jantar da candidatura de Sidónio Santos à Câmara de Pombal, no distrito de Leiria.

Segundo a presidente do CDS-PP, o requerimento foi chumbado, porque o PCP e o BE "têm vergonha de ser confrontados com o que andam a dizer e com aquilo que acontece no terreno".

Assunção Cristas questionou ainda onde está a "vontade de saber o que se passa no terreno e de conferir a verdade dos factos", acrescentando que chumbaram o requerimento do CDS "para impedir que a verdade se saiba no Parlamento".

Para a líder do CDS-PP, "há um país no imaginário, onde tudo está bem, onde tudo cresce, onde tudo floresce e onde tudo é cor-de-rosa".

E "há um país real que é aquele com o qual nos deparamos dia a dia, seja nos transportes públicos em Lisboa, e na [sua] degradação imensa" ou "nas escolas, um pouco por todo o país, onde abrem as aulas e faltam os mínimos para que o ano escolar possa ter o mínimo de tranquilidade", sustentou.

Nas questões da saúde, Assunção Cristas salientou que o CDS-PP tem vindo a alertar para as "dívidas que vão crescendo nesta área, pagamentos que se vão atrasando e falhas, porque não há gente suficiente para cumprir um trabalho que precisa de ser feito".

"Sempre que sinalizámos isto, dizia o ministro da Saúde que estava tudo bem, mas hoje já não pode dizer que está tudo bem. Hoje temos as ordens profissionais a reclamarem e temos os sindicatos de algumas profissões, nomeadamente os enfermeiros, na rua", precisou.

Cristas considera “inadmissível” notícias de que Portugal corre risco de perder fundos comunitários

A presidente do CDS-PP Assunção Cristas considerou ainda, em Pombal, "inadmissível" que Portugal corra o risco de perder fundos comunitários, referindo-se a uma notícia avançada pelo jornal "Público".

Então não nos espantamos quando vemos hoje notícias que nos dizem que os fundos têm uma execução tão baixa que há risco de devolver dinheiro a Bruxelas? Isto é incompreensível e inadmissível, porque o país precisa deste dinheiro", frisou Assunção Cristas.

A líder do CDS-PP acusou o primeiro-ministro António Costa de "tantas vezes" dizer "uma coisa e fazer tantas vezes o contrário".

António Costa diz que a qualificação dos portugueses é uma grande prioridade para este Governo, mas eu ando por todo o país, vou às empresas e estamos num concelho com muitas empresas e indústria, a querer trabalhar, a puxar pela nossa economia, pelas nossas exportações e o que dizem é que não crescem mais porque não têm maneira de ter pessoas qualificadas tecnicamente para as suas áreas", adiantou Assunção Cristas.

Segundo a também candidata à Câmara de Lisboa, as empresas até poderiam "crescer mais", mas questionam "onde vão buscar pessoas qualificadas".

"Aos centros de formação profissional e aos cursos que começaram a ser desenhados com o setor empresarial? A resposta é: antigamente ainda tínhamos algumas turmas, agora estão cortadas porque não há fundos comunitários para pagar e para financiar esses cursos. Então onde está a prioridade da qualificação? Onde estão a ser alocados os fundos comunitários?", perguntou ainda Assunção Cristas.

A presidente do CDS-PP sublinhou que os "empresários precisam desta formação, porque precisam de apoio aos seus investimentos". "E o que vemos é muita propaganda."

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