A deputada não inscrita Cristina Rodrigues negou, nesta sexta-feira, o envolvimento no “apagão informático” que motivou uma queixa-crime do PAN e revelou que foi pedido o levantamento da sua imunidade parlamentar.
“A deputada Cristina Rodrigues recebeu o pedido do levantamento da sua imunidade, no âmbito do processo de inquérito referido (NUIPC 7233/20.1T9LSB), ao qual já deu parecer positivo por forma a que a situação seja esclarecida o mais rapidamente possível”, refere um comunicado enviados aos jornalistas pela sua assessoria.
Na nota é referido que a parlamentar “não foi ainda ouvida nos autos” e “nega as acusações graves e atentatórias da sua honra patentes no comunicado enviado pelo partido PAN”.
E acusa o partido de poder incorrer num “crime de denúncia caluniosa” e também de “violação do segredo de justiça”, uma vez que o caso “encontra-se em segredo de justiça”.
O PAN apresentou uma queixa-crime “contra desconhecidos” após um “apagão informático” em 2020 que resultou na eliminação de emails do seus dirigentes, referindo que o inquérito apurou o alegado envolvimento da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, eleita pelo partido.
O processo, que “corre termos na 5.ª secção do Departamento de Ação e Investigação Penal (DCIAP) de Lisboa” decorre de uma queixa que “teve por fundamento a suspeita de interferência informática deletéria, abusiva e criminosa nas contas de correio eletrónico do PAN, da qual resultou um “apagão informático” deliberado de todas as comunicações eletrónicas enviadas e recebidas até 25 de junho de 2020”, indica.